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Brincalhão, Ronaldo evita vida pessoal e avalia ser ministro

15 mai 2009 - 17h11
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No mesmo dia em que saiu na capa de um jornal paulistano com fotos suas em uma casa noturna, Ronaldo participou da sabatina da Folha de São Paulo e evitou falar sobre sua vida pessoal. Na mesa redonda mediada pelo jornalista Clóvis Rossi e com as presenças de Juca Kfouri e Xico Sá, o atacante, bastante brincalhão, se mostrou incomodado com as perguntas de Monica Bergamo, quarta entrevistadora e colunista socialdo jornal.

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Questionado por Monica sobre o porquê de ter ido à rua, supostamente, para contratar o serviço de um travesti, Ronaldo ganhou o apoio da platéia, que vaiou a jornalista. "As suas perguntas são muito duras", brincou o atacante, admitindo que os comentários a respeito de sua vida fora dos gramados incomodam bastante.

"Não sou famoso pelo que fiz fora de campo. Isso tudo me chateia muito, porque é um falso moralismo muito grande. Todos fazem o que querem da vida e é preciso só ter responsabilidade. Não comemorar o título paulista seria o fim", disse Ronaldo, presente na capa do Diário de São Paulo em uma casa noturna da capital. Na foto, o atacante beija um DJ após a conquista do Estadual.

Monica também perguntou a Ronaldo a respeito de seu peso atual e na Copa do Mundo de 2006, quando teria atuado fora de forma. "Hoje peso 93 kg, que foi como cheguei na Seleção. Na Copa eu comecei com 91 kg", disse o atacante, que criticou a preparação realizada em Weggis, na Suíça. "Transmitiam até alongamento ao vivo. Foi um carnaval".

Política

O evento realizado no Shopping Higienóplis, na capital paulista, atraiu dezenas e dezenas de fãs do atacante, especialmente estudantes de colégios próximos ao local. Ronaldo, que chegou e saiu pela porta dos fundos, ainda se mostrou preocupado com o horário do treino. Ainda assim, falou por duas horas seguidas, também, a respeito de política.

Ronaldo admitiu ter recebido o convite de um presidenciável. Segundo ele, que não negou a possibilidade de ocupar o cargo, a proposta seria para ocupar o Ministério dos Esportes, como já fizeram Zico e Pelé em outros momentos. "Quando parar de jogar, quero ficar uns dois anos sem fazer nada, só descansando, bebendo água de coco na praia. Mas vai ser muito duro viver sem o futebol", previu, ressaltando porém que "não é preciso roubar, porque já fiz meu pé-de-meia".

Questionado a respeito de um ídolo fora do esporte, Ronaldo fez muitos elogios a Nelson Mandela, responsável pelo fim do apartheid. "É uma pessoa que sofreu muito e transmite uma energia incrível. Li sua biografia e quando o cumprimentei, senti que ele tinha as mãos calejadas", falou.

Ronaldo ainda brincou sobre o jeito corintiano de ser e disse até corrigir os companheiros que falam errado. "Parece que corintiano gosta de sofrer. Se o time tá ganhando, a torcida grita, mas se está perdendo, grita ainda mais. O Andrés (Sanchez, presidente do Corinthians) disse para o Lula que se perdesse para o Fluminense ia ser melhor para a torcida invadir o Maracanã", falou, às gargalhadas.

Planos para o futuro

Na longa entrevista, Ronaldo não fugiu das perguntas sobre seu futuro dentro das quatro linhas, ainda que tenha admitido não gostar de falar muito a respeito de futebol. O atacante disse que não pretende voltar a jogar na Europa e cogitou até uma pequena possibilidade de encerrar a carreira em breve. "A Seleção prolongaria minha permanência no futebol e jogar outra Copa do Mundo seria fantástico. Mas o Dunga já tem muita pressão, coitado", ponderou.

Ronaldo citou os filhos, especialmente o mais velho, Ronald, e disse que seu sonho é poder ser um pai mais presente quando abandonar o futebol. "Quero estar próximo deles e a torcida precisará aceitar isso", disse. O atacante ainda explicou o fato de seu primogênito morar em Madri. "Prefiro que ele tenha uma educação européia. Os meninos brasileiros da idade dele já estão muito malandrinhos, falam vários palavrões. Ele é um garoto super doce".

Ronaldo, que se disse corintiano, mostrou sinceridade quando perguntado para quem torceria em um duelo contra o Fla. "São três gerações da família que são flamenguistas. Em campo eu faria de tudo pelo Corinthians, mas se já tivesse parado de jogar, torceria para o Flamengo".

Entre Real Madrid e Barcelona, Ronaldo disse preferir o Real. Já entre Inter e Milan, preferiu ficar em cima do muro, segundo suas próprias palavras. O atacante ainda classificou o belga Luc Nilis, seu companheiro de ataque no PSV Eindhoven, como o melhor de todos, e também previu uma parceria com Carlos Tevez. "Tem estilo corintiano, corre muito e é habilidoso. Seria maravilhoso se ele voltasse".

Fã de Mandela, Ronaldo admitiu até ser ministro dos Esportes quando pendurar as chuteiras
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Foto: Raphael Falavigna / Terra
Fonte: Terra
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