Clássico tem duelo de artilheiros com permanência em xeque
Paolo Guerrero e Ricardo Oliveira estão valorizados por grandes fases. Os artilheiros de Corinthians e Santos, respectivamente, se encontram neste domingo, às 16h (de Brasília), na Arena Corinthians, pela 14ª rodada do Campeonato Paulista, testando seus poderes de fogo e alimentando, ainda mais, dúvidas sobre as permanências para a sequência da temporada.
Ambos têm contratos curtos, somente até o meio deste ano. Se Oliveira diz que não deve oferecer maior resistência para renovar, cogitando, inclusive, um acordo mesmo antes do clássico, o que não ocorreu, o peruano já tem novela bastante arrastada.
Em campo, Guerrero vive a sua melhor fase no Corinthians, apesar da história recente de gols decisivos pelo clube, o principal deles na final do Mundial de Clubes, em 2012, no Japão. O camisa 9 está embalado pelos recentes três gols ante o Danubio, do Uruguai, que levou o peruano ao décimo gol na temporada, seis deles no Campeonato Paulista, assim como Oliveira.
Curiosamente, de acordo com Footstas , além de ser o principal finalizador corintiano, algo esperado pela posição, é o jogador mais violento da equipe: com 28 faltas cometidas. Para se ter uma ideia, o segundo no quesito é Petros, com 20, explicadas pela entrega ao esquema tático proposto por Tite.
A seu favor, o fato de ser um dos principais criadores de jogadas que resultam em finalizações, 21 ao todo, e em gols, já são quatro a partir de seus pés.
O santista, por sua vez, iniciou o ano pouco acreditado. Assinou contrato de risco até maio, com ganhos mais reduzidos, mas virou, em pouco tempo, a principal referência ofensiva santista ao lado de Robinho.
Em campo, o veterano demonstra disposição. É o principal finalizador do Santos, com os maiores índices de acerto e erro, 18 e 27, respectivamente, segundo o Footstats .
Oliveira ainda carrega consigo algo que Guerrero não conseguiu no ano, a condição de decidir e marcar em clássicos. O camisa 9 santista foi peça-chave diante do Palmeiras, com uma assistência e um gol marcante, uma cavadinha sobre Fernando Prass, enquanto Guerrero só viu Danilo decidir as duas vezes no ano.
O clássico pode ratificar para as respectivas diretorias, ainda mais, o valor do investimento em seus camisas 9 de confiança. Certo é que ambas esperam ainda contar com os jogadores para o futuro próximo encontro, depois do Estadual.
Guerrero | Ricardo Oliveira | |
Jogos | 10 | 12 |
Gols | 6 | 6 |
Assistências | 4 | 2 |
Assistências para finalizações | 21 (2, 1 por jogo) | 11 (0,9 por jogo) |
Cruzamentos | 16 (25% de acertos) | 7 (42,9% de acertos) |
Dribles | 7 (0,6 por jogo) | 3 (0,3 por jogo) |
Faltas cometidas | 28 (2,8 por jogo) | 19 (1,6 por jogo) |
Faltas recebidas | 29 (2,9 por jogo) | 5 (0,4 por jogo) |
Finalizações | 26 (38,5% de acertos) | 45 (40% de acertos) |
Impedimentos | 10 (1 por jogo) | 6 (0,5 por jogo) |
Passes | 236 (82,2% de acertos) | 182 (84,1% de acertos) |
Pênaltis sofridos | 2 | 0 |
Perdas de bola | 80 (8 por jogo) | 63 (5,2 por jogo) |
Posse de bola | 50s por jogo | 37s por jogo |