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Em alerta após derrota, Corinthians treina com PMs no CT

23 mai 2016 - 16h26
(atualizado às 17h39)
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Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Três viaturas da Polícia Militar (PM) estavam diante do CT Joaquim Grava na tarde desta segunda-feira, quando os jogadores do Corinthians voltariam a treinar após a derrota por 3 a 2 para o Vitória, no Barradão. Segundo o diretor de futebol Eduardo Ferreira, que já foi ligado à organizada Gaviões da Fiel, não se tratava de uma prevenção contra eventuais protestos de torcedores.

Na última vez em que a torcida foi ao CT, na quinta-feira passada, os portões estavam abertos. A diretoria autorizou que membros da Gaviões tivessem uma conversa com o goleiro Cássio, os laterais Fagner e Uendel, os meio-campistas Elias e Giovanni Augusto e o centroavante André. A intenção seria manifestar apoio ao elenco que enfrenta cobranças pelas eliminações no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores da América.

“Acho mais válido ser dessa forma do que eles virem à porta do CT para ficar gritando, tentando invadir, quebrando carro de jogador. Não tem problema algum recebê-los aqui. Certo ou errado, essa é uma cultura do clube, que existe há 30, 40 anos”, minimizou Eduardo Ferreira, com conhecimento de causa. O assunto, contudo, provocava desconforto ao dirigente que encontrou a imprensa neste início de semana para apresentar o meio-campista Camacho como reforço. “Vocês só querem falar sobre isso?”, perguntou.

Há quem tenha ficado mais incomodado com a presença dos torcedores no ambiente de trabalho dos atletas. O meia Guilherme foi um dos que não disfarçaram o estranhamento e a reprovação. “Mas o Guilherme veio dar entrevista logo na sequência da reunião. Ele não sabia o que tinha acontecido de fato, o conteúdo da conversa”, defendeu Eduardo Ferreira, ressaltando que a intenção da organizada foi apoiar o grupo. O técnico Tite, no entanto, também repudiou a iniciativa. Usou o silêncio diante das câmeras de televisão para manifestar descontentamento. “A comissão técnica não se intromete nesse tema”, avisou o diretor de futebol.

Eduardo ainda argumentou que o contato entre torcedores organizados e atletas do Corinthians é corriqueiro até mesmo em tempos sem crise – como, por exemplo, na campanha vitoriosa do Campeonato Brasileiro de 2015. “Eles fizeram a mesma coisa no último ano. Incentivaram o Vagner Love. Acho válido. Adianta? Não sei”, argumentou, lembrando-se do seu passado na Gaviões da Fiel. “Já estive do outro lado. A qualquer momento, posso voltar. Quando a conversa é de incentivo, acho algo muito produtivo. Quando eles vêm xingar, o efeito é totalmente contrário.”

Para não serem xingados em outras ocasiões, os jogadores precisam reagir no Campeonato Brasileiro – com ou sem incentivo. O Corinthians ainda não venceu na competição e só tem um ponto ganho. Às 11 horas (de Brasília), reencontrará a sua torcida em Itaquera na partida contra a Ponte Preta. “Para encerrar esse assunto, quero deixar bem claro para os torcedores terem confiança. Podem ter certeza de que esse tive vai pegar no breu e disputar na parte de cima da tabela”, prometeu Eduardo Ferreira.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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