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Contra um Rafael em alta, Sheik tenta reviver melhores dias na Vila

18 mai 2013 - 20h04
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Foi na Vila Belmiro que o atacante Emerson deu um grande passo (ou um belo chute) para se tornar ídolo do Corinthians. No ano passado, o Sheik garantiu a vitória por 1 a 0 de sua equipe no estádio do Santos, nas semifinais da Copa Libertadores da América, ao acertar o ângulo em uma finalização do bico da área, sem chances de defesa para Rafael. Ultimamente, no entanto, é o goleiro adversário quem mais tem se destacado.

Enquanto Emerson não conseguiu repetir contra o Boca Juniors o desempenho que teve na final da última Copa Libertadores da América e acabou eliminado sem ter marcado nem um gol sequer no torneio, Rafael foi decisivo para o Santos chegar à decisão do Campeonato Paulista. O goleiro defendeu pênaltis nas disputas com Palmeiras, nas quartas de final, e Mogi Mirim, nas semifinais.

Rafael sabe que poderá voltar a ser decisivo para o Santos se o clássico contra o Corinthians, neste domingo, na Vila Belmiro, terminar com vitória por um gol de diferença. Dessa forma, o título será definido nos pênaltis. "A gente treina muito, tudo. Se tiver a necessidade de defender pênaltis, estarei preparado mais uma vez. Treinamos bastante, pois pênalti não é sorte, e sim preparação", comentou.Emerson, que ficou frustrado por não estar mais em campo quando a semifinal estadual com o São Paulo foi para os pênaltis, já desperdiçou duas cobranças da marca da cal no Paulistão -- nas vitórias sobre Oeste e Ituano. Naquela época, o próprio Sheik reconhecia que atravessava um péssimo momento. "Desde que saí de Nova Iguaçu, onde tive um desafio grande, este pessoal e familiar, sempre dei a volta por cima. Hoje, com 34 anos, estou vivendo um momento que não é o melhor, mas o bacana disso tudo é que tenho certeza de que vou dar a volta por cima", confiou.

Dois meses depois, Emerson já melhorou -- perdeu e recuperou a posição de titular, é pouco substituído por Tite e deixa o astro Alexandre Pato no banco de reservas --, porém ainda não tem um motivo maior para comemorar. Com o Corinthians eliminado da Libertadores, a sua chance de consolo é justamente diante do Santos de Rafael, com um título estadual conquistado na Vila -- feito que não ocorre desde 1941.

Rafael também quer fazer história. Se superar o Corinthians, o Santos garantirá um tetracampeonato paulista, inédito na era profissional da competição -- o Paulistano é o único a ter atingido a marca até então, em 1919, ainda no amadorismo. "Sabemos que é complicado, pois o Corinthians é uma grande equipe e conta com grandes jogadores. É difícil, mas não impossível", discursou.Em comum, Emerson e Rafael têm a característica de tentar desestabilizar seus oponentes emocionalmente. O atacante aposta na irreverência (algumas vezes, até em dentadas) para se aproximar do gol, e o goleiro é do tipo que se movimenta muito sobre a linha na hora de um pênalti. "Como eu disse, estamos preparados para tudo. Mas queremos evitar os pênaltis e tentar vencer no tempo normal", sorriu o santista, animado para tentar acabar com a feliz lembrança que o Sheik guarda da Vila Belmiro.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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