Mau comportamento de torcida rende nova punição ao Corinthians
Foto: Marcelo Pereira / Terra
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou na noite de terça-feira os acontecimentos relatados na partida entre Luverdense e Corinthians, no mês passado. O clube do Parque São Jorge foi punido com a perda de dois mandos de campo na Copa do Brasil, e Romarinho e Emerson escaparam de suspensão.
A pena imposta à agremiação alvinegra, que inclui uma multa de R$ 100 mil, é relacionada ao uso de sinalizadores por seus torcedores, o que chegou a interromper o jogo. O departamento jurídico já informou que vai recorrer da decisão, a ser julgada definitivamente provavelmente no próximo mês.
Se a sanção inicial for mantida, o Corinthians não atuará novamente no Pacaembu na competição. Sobrevivendo ao confronto das quartas de final, contra o Grêmio, a equipe terá no máximo mais dois jogos para fazer como mandante – ambos, em caso de manutenção da decisão, a ao menos 100 quilômetros de São Paulo.
Já Emerson e Romarinho estão livres para enfrentar o Grêmio na quarta. Expulso em uma discussão com o zagueiro Zé Roberto, que também levou cartão vermelho, o primeiro pegou uma partida de suspensão, já cumprida no jogo de volta contra o Luverdense. Romarinho teve apenas uma advertência.
Por causa da indefinição, Tite havia deixado Romarinho de sobreaviso no treino tático da tarde. Como Emerson escapou de suspensão, está escalado. Romarinho ficará ao lado de Alexandre Pato no banco de reservas, como opção para o decorrer da partida no Pacaembu.
Corinthians e Vasco perderam quatro mandos de campo cada um por conta da briga entre as torcidas dos dois clubes nas arquibancadas do Estádio Mané Garrincha, em 25 de agosto. Relembre outras confusões provocadas por torcedores da equipe paulista:
Foto: Francisco Stuckert / Agência Lance
A confusão mais recente acabou em tragédia. Em fevereiro de 2013, um sinalizador que teria sido disparado da torcida corintiana matou o torcedor boliviano Kevin Espada, 14 anos, no jogo entre Corinthians e San José, em Oruro. O time brasileiro jogou uma partida em casa sem torcida, mas a decisão foi revertida pouco depois
Foto: AP
Em dezembro do ano passado, quando o Corinthians embarcou para o Mundial de Clubes do Japão, a torcida alvinegra lotou o Aeroporto de Cumbica para se despedir. Mas vários corintianos se aproveitaram da ocasião e vandalizaram as dependências do aeroporto. Também houve confronto com a polícia
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Após a derrota por 2 a 0 para o Tolima na fase preliminar da Libertadores de 2011, torcedores corintianos picharam os muros do CT alvinegro e invadiram o local, quebrando carros de jogadores e funcionários. Foi o período mais tenso da atual passagem de Tite pelo clube
Foto: Ivan Pacheco / Terra
Antes ídolo incontestável da torcida alvinegra, o atacante Carlos Tevez entrou em rota de colisão com os corintianos após a eliminação para o River Plate, na Libertadores de 2006. A relação degringolou de vez após um empate por 2 a 2 com o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro, em que o argentino mandou a torcida "calar a boca" após marcar o gol. Na saída do estádio, seu carro foi chutado por corintianos, e ele saiu rumo ao West Ham
Foto: AP
A eliminação no Pacaembu após derrota por 3 a 1 para o River Plate, na Libertadores de 2006, causou revolta na torcida do Corinthians, que tentou invadir o gramado e promoveu um quebra-quebra no estádio. Policiais evitaram uma invasão em massa após um confronto com torcedores alvinegros
Foto: AP
Após a eliminação na Libertadores de 2000 diante do arquirrival Palmeiras, torcedores corintianos fizeram uma "emboscada" ao atacante Edilson após um treino, cercando o jogador e cobrando por ele não ter batido um dos pênaltis na disputa decisiva. O jogador deixou o clube pouco depois
Foto: Getty Images
Em 1991, na primeira fase da Libertadores, o Corinthians perdeu por 2 a 0 para o Flamengo em casa, em episódio que ficou conhecido como a "Noite das Garrafadas". A torcida alvinegra se revoltou e passou a arremessar no gramado várias garrafas, que na época eram permitidas nos estádios. O atacante Paulo Sérgio (foto) fazia parte daquele time corintiano
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Gazeta Esportiva
