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Corinthians encara Boca Juniors por título dos sonhos e fim de sarro

4 jul 2012 - 07h40
(atualizado às 07h59)
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DANIEL ACCORNERO
DIEGO GARCIA
JOSÉ EDGAR DE MATOS
DIRETO DE SÃO PAULO

Enfim, chegou o dia. O Corinthians entra em campo nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no Estádio do Pacaembu, para enfrentar o poderoso Boca Juniors, naquele que é considerado por muitos como o mais importante jogo da história do clube alvinegro. Será a chance de conquistar um título inédito - de forma invicta e incontestável -, acabar com a "maldição" de não vencer torneios continentais e dar fim ao sarro de rivais que parece interminável.

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Único grande paulista que ainda não venceu a Libertadores - Santos, São Paulo e Palmeiras possuem, juntos, sete troféus do torneio -, o atual time do Corinthians poderá encerrar de vez as piadas dos arquirrivais, que ironizam diariamente a falta de conquistas continentais corintianas. Até por isso a torcida contrária dos adversários chamou a atenção de todos, inclusive o técnico Tite, que já avisou: "o Corinthians não é Brasil na Libertadores".

"Essa rivalidade é a que existe do Corinthians com o São Paulo, o Palmeiras, o Santos, não vamos brincar com as coisas. O Boca não é a Argentina e o Corinthians não é Brasil. Isso é do esporte, é da rivalidade, do um contra outro, do ganhar e perder", definiu o comandante alvinegro, que deu a "fórmula" para a vitória: "sair na frente. Temos 90 minutos para poder ganhar. Esse é nosso foco e nossa intenção, preparar para todas as situações", definiu.

Para erguer o troféu, o Corinthians precisa apenas de uma vitória simples contra o Boca Juniors diante de um Pacaembu que estará lotado - todos os ingressos comercializados foram vendidos. Como empatou por 1 a 1 na Bombonera no confronto de ida, a equipe de Tite ainda pode levar o troféu em caso de nova igualdade no tempo normal, desde que vença em seguida na prorrogação ou nos pênaltis. A tarefa, contudo, não é fácil, já que pela frente está o Boca, hexacampeão da Libertadores.

"Camisa não ganha nada. Lógico que temos que ter respeito, mas o que vale é o futebol apresentado dentro de campo. O 'já ganhou' não existe mais, você vê times pequenos se dando bem contra grandes. Não existe favoritismo, creio que aqui na hora do jogo o time que jogar melhor vai ganhar", decretou Danilo, minimizando as conquistas do rival. "Se fosse só a mística estaríamos fora. Se fosse por camisa, o Corinthians nunca teria caído", acrescentou Tite.

Para o jogo mais importante de sua história, o Corinthians ainda poderá contar com força máxima contra o time argentino. O atacante Jorge Henrique se recuperou de lesão sofrida no jogo de ida, e a equipe confirmada pelo treinador brasileiro a entrar em campo irá com: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Emerson e Jorge Henrique.

Boca passa por bombas, foguetórios e vem sem "carrasco"

Autor do único gol anotado pelos argentinos no confronto de ida, em La Bombonera, o lateral direito Facundo Roncaglia não atuará na noite desta quarta. A informação foi confirmada pelo técnico Julio César Falcioni após o treinamento desta terça, em São Paulo. "Não tenho mais vontade de falar. Vou tranquilo. A verdade é que se falou muito da minha situação e só se escutou um lado", disse o atleta, que está acertado com a Fiorentina-ITA.

O Boca chegou a São Paulo nesta terça e realizou treinamento de reconhecimento no Pacaembu no período noturno. Só que a torcida corintiana já deu seu "cartão de visitas" aos rivais. Enquanto os jogadores da equipe argentina realizavam um trabalho leve, quatro explosivos foram arremessados por torcedores localizados na Rua Itápolis na direção do setor laranja.

Os atletas, durante o "bobinho", não se incomodaram com a hostilidade de alguns torcedores corintianos e até ironizaram o "medo" pelo ato com gritos. A hospitalidade dos brasileiros continuou ao longo da madrugada, quando diversos alvinegros compareceram ao Hotel Hilton Morumbi para atrapalhar o sono dos argentinos com foguetórios e rojões, que foram disparados por toda a noite.

Com a ausência de Roncaglia, o Boca Juniors irá a campo com a seguinte formação: Orion; Sosa, Caruzzo, Schiavi e Clemente Rodríguez; Ledesma, Somoza, Erviti e Riquelme; Pablo Mouche e Santiago Silva. "Os primeiros 15 minutos vão ser duros, mas estamos preparados para enfrentar isso. Temos uma equipe com experiência nessas situações", afirmou o atacante Santiago Silva, que defendeu o Corinthians há alguns anos, sem brilho.

O Boca Juniors pode se tornar nesta quarta-feira o maior campeão da Libertadores ao lado do Independiente, já que possui seis títulos, contra sete do rival argentino. Além disso, a equipe de Buenos Aires disputa sua décima decisão continental, enquanto os corintianos realizam apenas sua primeira final. Históricos à parte, o que se sabe é que teremos nesta quarta-feira uma das mais eletrizantes decisões continentais dos últimos anos. Que vença o melhor.

Corinthians e Boca Juniors fazem final da Copa Libertadores nesta quarta-feira
Corinthians e Boca Juniors fazem final da Copa Libertadores nesta quarta-feira
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Fonte: Terra
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