PUBLICIDADE
Logo do Corinthians

Corinthians

Favoritar Time

Corinthians responsabiliza Conmebol e diz não temer represálias

26 fev 2013 - 21h22
(atualizado às 21h32)
Compartilhar

Na entrevista que concedeu nesta terça-feira no CT do Parque Ecológico, Roberto de Andrade foi duro com a Conmebol. O novo comportamento do Corinthians é cobrar a entidade que comanda o futebol sul-americano, como ficou claro nas palavras do diretor de futebol alvinegro.

Em última instância, a Conmebol é, para o clube do Parque São Jorge, a responsável pela morte do garoto Kevin Espada. O boliviano de 14 anos foi atingido por um sinalizador na partida de seu San José contra o Timão na semana passada, em partida válida pelo Grupo 5 da Copa Libertadores.

"Quem faz o evento tem que assumir a responsabilidade por ele. Não adianta sair punindo os outros", afirmou o dirigente. "A Conmebol era a responsável pelo evento. O Corinthians era visitante em San José (Oruro). Não compete ao Corinthians botar funcionário na porta para fazer revista."

Roberto de Andrade usou como exemplo o Mundial, vencido pelo Timão no Japão em dezembro. De acordo com ele, os procedimentos de seguranças adotados pela Fifa na competição deveriam ser parâmetro para a Conmebol, filiada a ela.

"A revista que eles fizeram é um exemplo. Por que a Conmebol não segue o exemplo? Onde você joga na América do Sul que tem segurança? Não existe", disse o diretor, voltando a apontar o dedo para a entidade sul-americana no caso Kevin. "A irresponsabilidade é de todos, não só da Conmebol, mas começa por ela. Se todo o mundo sabe que se usa sinalizador e é proibido, por que entram no estádio com sinalizador? Se virou arma, pior ainda."O dirigente repetiu que concorda com uma eventual punição definitiva ao Corinthians, mas adotou agressividade para que haja punições também a outros times. O clube pretende encaminhar à Conmebol imagens de várias partidas com uso de sinalizador na Libertadores: "É só ver qualquer jogo".

Esse comportamento fez Andrade ser questionado sobre o medo de represálias. Sempre houve muita negociação política nas questões ligadas à Conmebol, mas o Corinthians parece disposto a correr os riscos e afirma que "seria o fim do mundo" pagar por cobrar melhores condições de segurança.

"Não estou peitando ninguém nem desafiando ninguém. Só estou cobrando que o regulamento seja cumprido. Se existe para um, existe para todos. Seria o pior dos mundos sofrer consequência, e imagino que você esteja falando de arbitragem, por reclamar que o regulamento não está sendo cumprido. Vamos ficar de olho", avisou o dirigente.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade