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Dualib diz que perdeu dinheiro e que Corinthians "era pobre"

25 mai 2015 - 07h11
(atualizado às 10h06)
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A passagem de Alberto Dualib à frente do Corinthians terminou com muita polêmica, com protestos da torcida e investigação por conta da parceria com a MSI, mas o ex-presidente alvinegro alega que só perdeu financeiramente durante o período em que ficou no cargo, entre 1993 e 2007. Em entrevista concedida ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o ex-dirigente, hoje com 95 anos, afirmou ter colocado dinheiro para ajudar o clube.

Dualib, 95 anos, disse que colocou entre R$ 10 e 12 milhões do próprio bolso no Corinthians
Dualib, 95 anos, disse que colocou entre R$ 10 e 12 milhões do próprio bolso no Corinthians
Foto: Fernando Pilatos / Gazeta Press

"Ganhei muita encrenca no final da vida. Coloquei praticamente a minha vida e dinheiro para caramba. Era um clube pobre quando entrei, tenho cópia de tudo. Na minha administração, coloquei lá de R$ 10 a R$ 12 milhões das minhas empresas", afirmou.

No entanto, Dualib diz ser o único culpado por ter perdido dinheiro com o time alvinegro. "O Corinthians não é culpado disso. Sou eu mesmo o responsável pelos atos. Ninguém pediu, dei o aval porque tinha condições de responder".

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A gestão durou de 1º de fevereiro de 1993 a 1º de agosto de 2007, com diversos títulos que fazem o ex-dirigente se orgulhar. Mas o fim do mandato foi marcado por um processo na Justiça, em função da parceria com a MSI. "Aquele processo principal de lavagem de dinheiro foi arquivado. Aquilo não existe mais. Tudo o que aconteceu na época não tinha nada a ver. O Corinthians não tinha dinheiro para ser lavado. Quem trazia o dinheiro era a MSI, que passava pelo Banco Central", comentou.

Dualib cita os troféus do período em que esteve à frente do clube para defender seu legado, lamentando apenas ter sido impedido pelo arquirrival Palmeiras de triunfar na Libertadores. "Repetiria tudo aquilo que fiz. Igual. Tenho história bonita porque ninguém pode falar do Alberto Dualib sem se lembrar dos títulos. Não ganhei Libertadores, mas cheguei quatro vezes na boca. Era muito difícil ganhar do Palmeiras naquela época", declarou.

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Além das quedas no torneio continental de 1999 e 2000, o ex-presidente lembrou ainda de outra eliminação, diante do River Plate, em 2006, quando a torcida tentou derrubar o portão de acesso ao gramado do Pacaembu, sendo impedida pela polícia. A decepção diante dos argentinos faz Dualib entender que atualmente o comportamento dos torcedores é mais tranquilo em fracassos.

"Não perco um jogo pela televisão, o time está bom. Não é porque perde dois jogos que todo o trabalho vai por água abaixo. A cobrança é grande, mas é mais compreensivo hoje. Antigamente, era muito pior. Em 2006, Nossa Senhora, precisei fugir. Fiz sinal para o Kia (Joorabchian) cair fora. Ele demorou um pouquinho mais do que eu e teve de ficar. Eu me joguei dentro do Santana e caí fora, ninguém viu aonde eu ia", encerrou o ex-presidente, que disse ter chorado quando renunciou ao cargo.

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