Estádio de SP na Copa deixa ministro dos Esportes desconfortável
Em contraste com a ótima notícia do patrocínio de R$ 265 milhões a modalidades como boxe, taekwondo, esgrima, remo e levantamento de peso, o ministro do Esporte, Orlando Silva, ainda carrega muita dor de cabeça em relação à preparação brasileira para a Copa do Mundo de 2014. Nesta segunda-feira, ele foi novamente alvo de questões sobre a cidade de São Paulo, que nem sequer tem um estádio oficializado junto à Fifa, e mostrou-se incomodado em alguns momentos.
"Esse problema do estádio não passa pelo governo federal", bradou o ministro durante a apresentação do projeto Petrobras Esporte e Cidadania no Teatro Gazeta. "É problema um local, da prefeitura e do governo", emendou.
Questionado se a mudança de comando em São Paulo em 2011, com a entrada do governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB), poderia atrasar ainda mais as definições, Orlando Silva mostrou-se prático. "Acho que não, pois o vencedor das eleições é do mesmo partido que o antecessor", afirmou.
Orlando Silva prefere se apegar à palavra recebida das autoridades de São Paulo, que o informaram que o futuro estádio do Corinthians irá receber as partidas da Copa do Mundo. "Confio particularmente no que me disse o prefeito Gilberto Kassab, que é um homem sério", apontou o ministro, sem citar os "rivais" do PSDB, que estão no governo paulista desde 1994.
Orlando Silva está ciente de que os atrasos na organização da Copa do Mundo são prolongados a outras cidades. Após o processo eleitoral, ele espera, todavia, em uma evolução mais rápida de todos os projetos.
"Todas as cidades preocupam por apresentarem diferentes problemas, com hotéis, aeroportos, então todas merecem nossa atenção. Se não andarmos mais rápido, vamos perder a briga para o tempo", avisou Orlando Silva.
