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Gobbi reclama de “dano irreparável” mesmo com libertação em Oruro

1 ago 2013 - 19h20
(atualizado às 19h29)
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A iminente libertação dos cinco torcedores do Corinthians que continuam presos em Oruro, acusados de participação na morte do jovem boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, não foi suficiente para acalmar o presidente Mário Gobbi. Basta ouvir uma pergunta sobre o assunto para o mandatário se irritar e elevar o tom de voz ao defender o seu ponto de vista.

"O que disseram sobre os torcedores provocou um dano irreparável. E está provado que os 12 torcedores presos não tinham nada a ver com a história", disse Gobbi, que reuniu esforços para auxiliar juridicamente os suspeitos de disparar o sinalizador contra Kevin, no jogo contra o San José, na primeira rodada da última Copa Libertadores da América.

Em junho, sete dos 12 corintianos detidos acabaram libertados pela Justiça da Bolívia sob a justificativa de provas insuficientes. Alguns acusados alegaram que nem sequer estavam na arquibancada visitante do Estádio Jesús Bermúdez quando foram presos, supostamente de forma aleatória. Os cinco que permanecem em Oruro esperam ser soltos a qualquer momento, pois já receberam parecer favorável para tal. Limbert Beltrán, pai do garoto Kevin, diz ainda não ter desistido do processo."A grande lição que fica de tudo isso é a de não julgar ninguém antes do devido processo legal e do amplo direito de defesa. Foi o que as pessoas fizeram lá atrás. Elas julgaram, condenaram, achincalharam e lincharam. Depois, ficaram correndo atrás de provas para descobrir quem soltou o luminoso", insistiu Mário Gobbi.

De qualquer forma, o presidente fez uma ponderação em seu discurso inflamado. "O fato de não terem sido aqueles 12 torcedores não quer dizer que não devamos procurar e punir o verdadeiro autor do disparo", declarou, antes de voltar a chiar. "O que não podemos fazer é sair dando tiro para todos os lados, sem provas. Os 12 passaram muito tempo presos. Quem defende o Estado de Direito e a cidadania deve também preservar o direito de defesa, as contradições, a presunção da inocência e aguardar uma decisão judicial para falar. Espero que o Brasil nunca mais cometa esse crime de lesa-pátria. Só um órgão pode condenar ou absolver alguém. Chama-se Pode Judiciário", bradou o delegado.

Gobbi não gostou nem de ouvir a suposição de que clubes de futebol têm responsabilidade pelos atos de sua torcida. "É claro que também fica a lição de que não se deve entrar nos estádios com fogos de artifício. Mas isso é um problema da polícia local", defendeu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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