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Gobbi se irrita ao recordar Oruro e enxerga "crime maior que o sinalizador"

27 jan 2015 - 23h41
(atualizado em 28/1/2015 às 07h17)
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Nesta temporada, o Corinthians terá mais uma edição da Copa Libertadores da América pela frente. Destino que fez o presidente Mário Gobbi, no final de seu mandato, recordar o incidente de Oruro-BOL, responsável por vitimar o garoto Kevin Espada, atingido por um sinalizador lançado por um torcedor alvinegro presente no estádio Jesús Bermúdez. Na ocasião, o Timão ficou no empate com o San Jose-BOL, em partida válida pela fase de grupos.

Entretanto, na visão de Gobbi, a passagem conturbada dos corintianos pela Bolívia teve um crime tão grande quanto o disparo do objeto: a prisão arbitrária de 12 torcedores. Incomodado, o mandatário alegou falta de sensibilidade dos órgãos públicos, justificando que houve a prática da "justiça com as próprias mãos" por parte dos políticos locais.

"Primeiro você tem que saber quem soltou. Depois, você prende a pessoa. Não podemos pegar 12 pessoas aleatoriamente e jogá-las atrás das grades, como animais. Prenderam inocentes. Foi um crime maior que o outro crime. Cometeram 12 crimes para pagar por outro - culposo, não doloso. Não se faz justiça com as próprias mãos", protestou Gobbi, em entrevista à ESPN.

Adiante, quando questionado sobre a responsabilidade do Corinthians em controlar os torcedores organizados, Gobbi se irritou e disse ter agido da maneira correta. "Você sabe quem é o responsável por fiscalizar uma torcida organizada? É preciso estudar para falar do assunto. Isso é questão que compete ao Ministério Público. Faça uma entrevista com o promotor que cuida disso", disparou.

Por fim, o presidente corintiano alegou estar desgastado com as críticas recebidas e protestou contra supostas "transferências de responsabilidade" detectadas durante seu mandato. "Tem gente que só fala nos efeitos do crime, e não da causa da criminalidade. As pessoas têm um temor grande para falar do Judiciário...mas têm uma facilidade enorme para cobrar do dirigente o dever de fazer o que é do Estado. É algo que precisa ser revisto", encerrou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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