Jadson afirma que perder título seria "grande tragédia"

O comedido Jadson não surpreendeu ao pedir “pés no chão” e dizer que “o campeonato está aberto”, mas também se recusou a negar o que está claro. Com uma vantagem de sete pontos na liderança do Brasileiro a dez rodadas do final, o Corinthians está perto do hexa.

“A gente não pode deixar escapar essa oportunidade. Se a gente deixar escapar esse campeonato, vai ser uma grande tragédia”, afirmou o meia. “Neste momento, está nas nossas mãos, a gente não pode pensar de outra maneira. Só depende da gente”, acrescentou.

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Jadson advertiu, na sequência, que a formação alvinegra não pode se deixar levar pelo favoritismo que acabou construindo. Ele recordou que o time não era apontado como grande candidato ao troféu no início da disputa e cobrou a manutenção da humildade demonstrada até aqui.

“Não pode deixar oba-oba. Nossa equipe tem os pés no chão. O Tite cobra bastante para que a empolgação não tome conta, e a coisa vem dando certo. Ansiedade pode existir um pouco, mas só vamos conseguir levantar a taça e comemorar quando deixarmos o Atlético para trás. Para muitos, o campeonato está acabando, mas falta uma jornada aí. Tem que continuar da mesma maneira para não deixar escapar”, comentou.

O meia sabe qual é esse sentimento de ver o troféu escapar entre os dedos. Ele estava no Atlético-PR de 2004, que chegou a ficar 18 partidas sem perder e abriu vantagem na primeira posição antes de vacilar nas partidas derradeiras. A primeira colocação acabou ficando com o Santos.

“Foi um ano parecido com esse que a gente está vivendo. Mas, nas últimas cinco rodadas... A gente teve a oportunidade de ganhar do Grêmio. Fizemos 3 a 0 e deixamos o time deles empatar aos 47 do segundo tempo. Acho que naquele jogo a gente perdeu o campeonato”, recordou.

Desta vez, vivendo provavelmente a melhor temporada de sua carreira, Jadson não quer terminá-la com um gosto amargo. “Foi por falta de atenção, de concentração. Foi uma pena. Neste ano, está meio que parecido. Deixei escapar aquele Brasileiro, mas, neste ano, pretendo agarrar com unhas e dentes.”