Jornal: Corinthians recusa R$ 220 mi por naming rights do Itaquerão
24 nov2011 - 07h48
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O Corinthians recusou recentemente uma proposta de R$ 220 milhões de uma empresa pelos naming rights de seu estádio, que está sendo construído em Itaquera, zona leste de São Paulo. A informação é da colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, o presidente do clube alvinegro, Andrés Sanchez, não está disposto a aceitar um valor inferior a R$ 350 milhões para permitir que uma companhia dê nome ao novo estádio corintiano.
Ainda segundo a coluna, a maior "suspeita" é que a proposta recusada foi feita pela Emirates, empresa estrangeira de aviação que já batiza o estádio do Manchester City, da Inglaterra. Andrés também aproveitou para comentar a renovação de contrato de Neymar com o Santos e afirmou que, quando o atacante sair do Brasil em 2014 e o time praiano não receber nada, "vão criticar". Porém, reiterou que a equipe santista ganhou torcida com a permanência do jogador.
Mesmo com sua carreira marcada por problemas de comportamento e polêmicas extracampo, Adriano, 29 anos, também acumula glórias na vida futebolística. Oito meses depois de ser contratado pelo Corinthians, enfim o centroavante marcou seu primeiro gol pela equipe alvinegra e decidiu a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG no último domingo - resultado que pode impulsionar o time paulista rumo ao título brasileiro de 2011. O Terra escolheu os 10 momentos mais marcantes do "Imperador"
Foto: Getty Images/AFP/Edson Lopes Jr. / Terra
Início avassalador e convocação para a SeleçãoAdriano ainda era franzino para seus 1,90 m quando, aos 18 anos, subiu para a equipe principal do Flamengo, no Torneio Rio-São Paulo de 2000. Estreou contra o Botafogo, fez seu 1º gol quatro dias depois contra o São Paulo e logo se tornou titular. A torcida desconfiava e achava que o atacante tinha pouca habilidade, mas as atuações chamaram a atenção de Leão, que o chamou para enfrentar a Colômbia pelas Eliminatórias
Foto: Getty Images
Destaque com a camisa do Parma, chamando atenção para voltar à InterVendido pelo Flamengo à Inter de Milão em 2001, o jovem Adriano foi emprestado para ganhar físico e experiência no futebol italiano. Na Fiorentina ele não brilhou, mas no Parma, entre 2002 e 2004, carregou a equipe a dois quintos lugares no campeonato, marcando 32 gols em duas temporadas. Sua parceria de ataque com o romeno Adrian Mutu é lembrada como uma das maiores da história do clube
Foto: Getty Images
Gol contra a Argentina na final da Copa AméricaA grande alavanca para a carreira de Adriano foi a Copa América de 2004. Até então visto sem muita empolgação por parte da torcida brasileira, o centroavante ofuscou o camisa 9 da "Seleção B" convocada por Parreira, Luís Fabiano, e brilhou no torneio. Foi o artilheiro, o melhor jogador e também decisivo para o título, ao marcar no último minuto da final contra a Argentina o dramático gol que levou o jogo para os pênaltis
Foto: AFP
"O Imperador": auge na Inter de MilãoA temporada 2004-05 foi o ápice do atacante. Em grande forma na Inter de Milão, teve média de quase um gol por jogo e recebeu dos italianos o apelido que carregaria por toda a vida: "Imperador". Forte, técnico, rápido e com uma bomba na perna esquerda que gerava golaços impressionantes, Adriano passou a ser considerado um dos principais jogadores do planeta e virou presença garantida na Seleção Brasileira
Foto: Getty Images
Artilheiro da Copa das Confederações e, de novo, carrasco da ArgentinaEm fase fantástica na Inter, Adriano assumiu a camisa 9 da Seleção na Copa das Confederações de 2005, graças ao pedido de Ronaldo para não jogar. O peso de substituir o "Fenômeno", porém, não foi sentido: com cinco gols, ele foi o artilheiro da competição e voltou a afundar a Argentina em uma final, marcando dois gols contra os rivais - o primeiro, um torpedo de fora da área
Foto: Getty Images
Primeiro gol em Copas do MundoNa Copa do Mundo de 2006, a mágica do quarteto ofensivo da Seleção Brasileira não apareceu, e Adriano já não vivia o momento espetacular de um ano atrás. Acima do peso e sofrendo com problemas extracampo na Inter de Milão, ele foi uma sombra de si mesmo no Mundial da Alemanha. Ainda assim, ficará marcado seu gol contra a Austrália, em finalização certeira de pé esquerdo, que abriu caminho para a vitória brasileira por 2 a 0 na 1ª fase
Foto: Getty Images
Estreia pelo São Paulo com dois golsApós um 2007 cheio de problemas, Adriano foi liberado de graça pela Inter para passar seis meses emprestado ao São Paulo. Novamente recebido com um misto de expectativa e desconfiança, o jogador brilhou logo na estreia, marcando dois golaços de fora da área sobre o Guaratinguetá, na abertura do Paulista de 2008. A passagem pelo Morumbi não rendeu títulos, mas o atacante se recuperou na carreira com gols e boas atuações
Foto: AP
Retorno ao Flamengo com título brasileiroA passagem pelo São Paulo pareceu revitalizar a carreira de Adriano, mas a temporada 2008-09 pela Inter foi um fiasco. Após anunciar que pararia de jogar futebol, o atacante acabou acertando com o Flamengo e, em nova volta por cima, foi decisivo para o título brasileiro de seu clube de origem, em 2009. Com gols e atuações decisivas, foi eleito o melhor jogador do campeonato e, ao lado de Petkovic, o grande responsável pelo hexa
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"Império do Amor" e três gols no Fla-FluEmbalado pelo título brasileiro, o Flamengo contratou Vagner Love para formar uma dupla de peso no ataque em 2010. O "Império do Amor" exibiu entrosamento imediato, e Adriano, mesmo sem mostrar o desempenho e a mobilidade do ano anterior, realizou grandes partidas ao lado do novo parceiro - como uma épica vitória por 5 a 3 sobre o Fluminense, pelo Campeonato Carioca, com três gols do "Imperador". No meio do ano, trocou o Fla pela Roma
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Decisivo, o primeiro gol pelo CorinthiansDepois de sete meses marcados por péssima forma, pouco futebol e brigas com o técnico Claudio Ranieri, Adriano deixou a Roma e assinou com o Corinthians. Rompeu o tendão de Aquiles em um treino e teve a estreia adiada em seis meses; quando voltou, os quilos a mais e o longo tempo de inatividade eram nítidos. Em seu quarto jogo, porém, a redenção veio na forma de gol decisivo contra o Atlético-MG na reta final do Brasileiro