A Justiça boliviana negou nesta terça-feira o pedido de relaxamento da prisão preventiva dos 12 torcedores do Corinthians acusados de envolvimento na morte do garoto Kevin Beltrán, atingido por um sinalizador na partida de sua equipe, o San Jose, contra o time brasileiro. Após longa audiência, a juíza Virginia Colque determinou que eles continuem detidos.
O advogado Michel Blancourt e um diplomata brasileiro participaram da sessão. Além de reclamar do tratamento recebido pelos alvinegros, a defesa alugou uma casa em Cochabamba para que eles pudessem ter residência no país e responder em liberdade.
Com os corintianos mantidos na penitenciária de San Pedro, o imóvel não será utilizado. A expectativa é que a investigação leve ao menos meio ano, motivo pelo qual a defesa deverá tentar que a Justiça reconsidere a acusação. Caso contrário, os torcedores seguirão presos até o julgamento.
A juíza responsável pelo caso não levou em conta a confissão de um menor de 17 anos associado à Gaviões da Fiel, que se apresentou à polícia em Guarulhos. O depoimento não consta no inquérito e nem foi considerado na tentativa de apelação apreciada nesta terça.
Antes da negativa de liberdade dos corintianos, torcedores voltaram a protestar em frente ao Consulado da Bolívia. "Não é mole, não, alô, Bolívia, libera os irmão (sic)", cantaram os manifestantes, que também gritaram o nome dos 12 presos, sem sensibilizar as autoridades.
Cerca de 80 torcedores do Corinthians realizam um protesto na altura do número 1439 da avenida Paulista, em frente ao Consulado Geral da Bolívia, nesta terça-feira
Foto: J. Duran Machfee / Futura Press
Os manifestantes pedem a libertação dos 12 corintianos que estão presos na Bolívia desde o dia 20 de fevereiro, sob acusação de envolvimento com a morte do jovem Kevin Beltrán, de 14 anos, ocorrida na partida contra o San José pelam, em Oruro, pela Taça Libertadores da América
Foto: J. Duran Machfee / Futura Press
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a ação começou por volta das 11h30 e, às 13h45 eles ainda permaneciam no local
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No horário, o grupo ocupava apenas a calçada, no sentido Paraíso, não atrapalhando o tráfego de veículos na região
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De acordo com a Polícia Militar, a ação começou com cerca de 20 torcedores
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Grupo ocupou a calçada em frente ao Consulado da Bolívia em São Paulo
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Integrantes da Gaviões da Fiel, Camisa 12, Pavilhão Nove, Estopim, Coringão Chopp e Fiel Macabra participam do protesto
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O movimento foi organizado por seis torcidas organizadas do Corinthians e divulgada nas redes sociais
Foto: Bruno Martins / vc repórter
"Não vamos nos calar e deixar cair no esquecimento, iremos novamente ao consulado para pedir a liberdade dos 12 inocentes ainda presos", dizia o panfleto de divulgação
Foto: Bruno Martins / vc repórter
O primeiro protesto no local aconteceu no dia 2 de março