Mano admite realidade “bastante clara” de briga por Libertadores
Alguns jogadores deixaram Itaquera, após o empate por 1 a 1 com a Chapecoense, dizendo que lutarão pelo título do Campeonato Brasileiro enquanto a matemática permitir. Mano Menezes preferiu admitir que, a 12 pontos do líder, o Corinthians briga mesmo por uma vaga na próxima Copa Libertadores.
"Nossa realidade agora é bastante clara. Na medida em que o time não consegue avançar, fica muito mais para brigar de segundo a quarto", afirmou o técnico, pouco antes do fim de Grêmio x Santos. O 0 a 0 manteve o time do Parque São Jorge na quarta colocação, na faixa de classificação à principal competição sul-americana.
Para Mano, essa situação de título muito distante ficou mais claramente estabelecida pela dificuldade apresentada por sua equipe após o gol contra de Ferrugem. De acordo com ele, a equipe teve uma reação muito ruim ao lance, em um momento no qual controlava bem as ações.
"Penso que poderíamos superar momentos como este, de gol inesperado. O adversário não tinha chegado, e isso acontece no futebol. A equipe perde a tranquilidade e se desorganiza. E quase sofre a derrota porque oferece ao adversário oportunidades na medida em que não consegue simplificar", comentou.O treinador explicou que deixou Renato Augusto no banco o tempo todo por causa de sua sequência de jogos. O meia foi preservado para o clássico de domingo, contra o São Paulo, e substituído por Jadson. Este teve participação apenas razoável e deu lugar a Lodeiro, que entrou muito mal.
"O Renato não dava. Ele vinha de uma sequência, e entendemos que seria mais coerente recuperar o jogador. Correríamos o risco de lesioná-lo e não queremos isso, porque ele vem bem. Mesmo que Jadson não esteja em um momento muito bom, valeu a pena, porque você pensa no bem de todas as partes", disse o gaúcho.
Desta vez, ele não atribuiu mais um tropeço do Corinthians contra um time da parte de baixo da tabela à retranca adversária. "Na medida em que você faz o gol cedo, como fizemos, acaba essa dificuldade de enfrentar um time que espera atrás. Na verdade, não soubemos estabelecer vantagem com os espaços que tivemos para jogar."