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Mano nega indicação e pede mais calma para Adílson Batista

25 jul 2010 - 23h17
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Dassler Marques
Direto de São Paulo

Impaciência, uma pequena dose de estresse e um relacionamento conturbado com a imprensa marcaram a vitoriosa passagem de Adílson Batista em 2 anos e cinco meses de Cruzeiro. Até uma voadora furiosa o agora novo treinador do Corinthians chegou a desferir a uma placa de publicidade após vencer o Santo André. Para Mano Menezes, ele precisará de mais tranquilidade para também triunfar no Parque São Jorge.

"É um trabalho que vai se iniciar em cima de um bom momento da equipe, é o que podíamos fazer para o Adílson. Ele é competente, relativamente jovem e vem fazendo bons trabalhos. Talvez não tenha a calma que eu tenho, mas vai adquirir", disse um Mano sorridente, na entrevista coletiva após vitória sobre o Guarani que valeu a liderança do Campeonato Brasileiro ao Corinthians. O novo técnico da Seleção negou ter indicado seu sucessor à direção corintiana.

"Não acho justo o técnico interferir na escolha do outro profissional. É uma responsabilidade grande que pertence à direção do clube", disse Mano. É certo que ele e Adílson Batista, na noite de sábado, conversaram por telefone a respeito do Corinthians.

Mais declarações da despedida de Mano

"Cicatrizamos a ferida que ficou aberta, mas a demonstração que o torcedor deu nessa Libertadores é de que está imensamente mais inteligente. Não se pode destruir o Corinthians quando não consegue a Libertadores. Pode cobrar de forma mais civilizada porque não atingimos um objetivo, mas que ele sempre saiba que o Corinthians é o mais importante".

"Ao torcedor do Corinthians só tenho a agradecer. Mesmo sendo extremamente exigente, nos entendeu. O que o Corinthians quer é respeito". Mano ainda se lembrou de faixa colocada pela torcida após a eliminação na Libertadores com os dizeres: "Não queremos a Libertadores, queremos um campeão".

"Saio feliz. Não fizemos tudo o que podíamos, porque no futebol é difícil fazer tudo, mas fizemos o possível. Você não monta isso que aconteceu no final. Isso parte do coração do torcedor e é o que vale para mim. É difícil a gente ver isso para um técnico de futebol quando parte. Minha saída é diferente, saio para a Seleção, e o somatório todo cria um orgulho para os corintianos".

"Tive o apoio para trabalhar da maneira como gosto de trabalhar. Defendi que o treinador treinasse, direção dirigisse e torcedor torcesse. Faltou o maior sonho, a realização dele, mas se o corinthians continuar nessa batida, e vai continuar, pelo grupo de jogadores que tem, pela filosofia que ganhou força, pode brigar de novo pelo titulo da Libertadores".

"Encerramos a rodada novamente em primeiro, sabendo jogar pontos corridos. O time teve equilíbrio, cabeça boa. Tudo isso é a evolução que o trabalho conseguiu fazer. Perder ou ganhar faz parte do jogo, mas mudar comportamento e dificil. Que no mínimo volte para a Libertadores, time grande tem que estar sempre jogando. Não é a Copa do mundo para se jogar de quatro em quatro anos.

"Estou bastante emocionado. Quando se aproxima a hora da saída, e você gosta do lugar onde está, é mais dificil. Mas fico feliz em sair dessa forma, em poder olhar no rosto dos jogadores, no olho deles.

Mano vê Corinthians pronto para conquistas com Adílson
Mano vê Corinthians pronto para conquistas com Adílson
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fonte: Terra
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