Mano pede paciência com Lulinha, mas ironiza empresário
Enquanto Mano Menezes concedia entrevista sob a arquibancada visitante da Vila Belmiro, a torcida do Corinthians deixava aquele local com rimas para criticar o meia Lulinha. Nem mesmo o treinador conseguiu se manter paciente com o prata da casa durante o clássico contra o Santos, no domingo, pelo Campeonato Brasileiro.
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Mano se desesperou quando Lulinha perdeu a bola antes do segundo gol do Santos, que venceu a partida por 3 a 1. À beira do campo, o técnico pulou e gritou enfurecidamente com o jogador. "O meia-armador deve armar a jogada para nós, e não deixar para outro fazer isso. O Lulinha passou a bola para o Renato criar. Isso não pode acontecer", esbravejou.
Lulinha tentou não demonstrar incômodo com a bronca pública que recebeu. "Acontece. Se o Mano acha que deve dar uma dura em mim, tudo bem. Ele faz o que acha melhor", aceitou o prata da casa. Apesar das críticas, ele não foi substituído diante do Santos. Só deixou o clássico porque o árbitro Leandro Pedro Vuaden o expulsou, por falta cometida no lateral-esquerdo Léo.
"O Lulinha continuou em campo no segundo tempo. O fato de eu ter cobrado o jogador não significa que ele não tenha feito um bom primeiro tempo", recobrou a paciência Mano Menezes, que considerou injusto o cartão vermelho mostrado ao atleta.
A expressão do treinador mudou outra vez no momento em que falava sobre o empresário de Lulinha. À época da profissionalização do jogador, Wagner Ribeiro divulgou que o seu cliente interessava a grandes clubes europeus e, assim, conseguiu firmar um contrato melhor com o Corinthians. Recentemente, reclamou que Lulinha é escalado fora de sua posição.
"O empresário do Lulinha é o mesmo que achou que o Manchester City era melhor do que o Real Madrid", ironizou Mano Menezes, referindo-se à transferência do atacante Robinho para o futebol inglês. O ex-santista se desvinculou de Wagner Ribeiro após o episódio.