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Sem gol fora, Danilo diz que mudança "pesa" na final da Libertadores

22 jun 2012 - 08h06
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Henrique Moretti
Direto de São Paulo

O Corinthians e o Boca Juniors terão de lidar com um regulamento diferente na final da Copa Libertadores da América, na qual o gol fora de casa não tem é critério de desempate. Caso os rivais se igualem no placar agregado, haverá uma prorrogação de 30 minutos, no Estádio do Pacaembu, definido como sede do segundo jogo devido à campanha superior do time paulista na primeira fase da competição. Em caso de persistir o empate, o campeão será conhecido nos pênaltis. Uma alteração nas regras do jogo que "pesa", segundo o meia Danilo.

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O Corinthians seguiu à risca o script considerado ideal para a Libertadores em dois dos três confrontos mata-mata até aqui. Nas oitavas de final, não sofreu gol em casa contra o Emelec (vitória por 3 a 0) e, nas quartas, repetiu o feito contra o Vasco (vitória por 1 a 0). Diante do Santos, a equipe tomou um gol pela primeira vez como mandante em toda a competição (empate por 1 a 1), mas passou de fase.

Na final, é provável que a preocupação em não sofrer gol em seus domínios seja menor para ambos os times, conforme analisa Danilo em entrevista concedida nesta quinta-feira ao Terra. "Isso aí pesa, né? Com certeza faz diferença", afirma o meia. "A Libertadores é difícil por isso, às vezes tem que jogar para não tomar o gol. Mas independentemente disso as duas equipes vão buscar a vitória, jogando dentro ou fora de casa".

Assim como o Corinthians, o Boca Juniors também só sofreu um gol em seu estádio durante a etapa eliminatória do evento: na vitória por 2 a 1 diante da Unión Española, nas oitavas de final; na sequência, houve triunfos por 1 a 0 sobre o Fluminense e por 2 a 0 sobre a Universidade de Chile.

"A equipe deles faz prevalecer o campo, La Bombonera, sempre é complicado jogar lá, uma pressão muito grande. E quando jogam fora é um time tarimbado, sabe jogar atrás, defensivamente, e tem um contra-ataque muito rápido", disse Danilo, desta vez em entrevista coletiva, ainda sem saber que o time argentino realmente ratificaria a classificação contra a Universidad.

Experiente, o jogador, 33 anos, já disputou duas finais de Libertadores, ambas pelo São Paulo, mas o gol fora de casa não teria peso nem mesmo se estivesse previsto nas regras da decisão. Em 2005, a equipe tricolor goleou o Atlético-PR em São Paulo por 4 a 0 após empatar por 1 a 1 no jogo de ida; em 2006, empatou por 2 a 2 em Porto Alegre após ser derrotada em casa por 2 a 1.

A Libertadores adotou a regra dos gols fora de casa como critério de desempate nas fases eliminatórias em 2005, diminuindo assim o número de decisão por pênaltis: houve, por exemplo, oito disputas de penalidades no torneio em 2004, incluindo na final em que o Once Caldas bateu o mesmo Boca Juniors depois de dois empates. Desde então, foram dez decisões por pênaltis em todas as edições do torneio somadas: duas em 2012, com o êxito do Vasco sobre o argentino Lanús e o da Universidad de Chile sobre o paraguaio Libertad.

Sempre a partir de 2005, apenas um campeão levantou a taça após pênaltis: a LDU, do Equador, que superou o Fluminense no Estádio do Maracanã em 2008. Naquela oportunidade, a equipe carioca havia perdido fora de casa por 4 a 2 e deu o troco em seus domínios por 3 a 1; as metas ficaram intactas durante os 30 minutos de prorrogação.

Caso houvesse a regra dos gols fora de casa na decisão, portanto, o clube das Laranjeiras teria comemorado o inédito título continental - exatamente o que o Corinthians tenta fazer diante do hexacampeão Boca Juniors.

Com regulamento diferente, finais da Libertadores acontecem nos próximos dias 27 e 4
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Foto: Bruno Santos / Terra
Fonte: Terra
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