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"Descobridor" de Romarinho lembra dispensa do atacante no São Paulo

28 jun 2012 - 21h35
(atualizado às 23h03)
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Herói do Corinthians no clássico contra o Palmeiras e do jogo de ida da final da Libertadores contra o Boca Juniors, da Argentina, o atacante Romarinho peregrinou pelo Estado de São Paulo para se afirmar no futebol. Responsável pela descoberta do atleta em Palestina, pequena cidade localizada na região de São José do Rio Preto, Ortiz França diz que o novo integrante do "bando de loucos" teve uma trajetória dura nas categorias de base, inclusive com uma experiência frustrada por um rival corintiano.

Atacante marcou o gol que valeu o importante com o Boca no primeiro jogo da final da Libertadores
Atacante marcou o gol que valeu o importante com o Boca no primeiro jogo da final da Libertadores
Foto: Reuters

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"O Romarinho passou pelo São Paulo junto com outro menino da região que tinha o apelido de Mister Bean (personagem do seriado de humor estrelado pelo ator inglês Rowan Atkinson), chegou lá com 12 anos, ficou dois anos, mas não evoluiu do jeito que eles esperavam, então foi liberado com 14 anos", comentou o olheiro responsável pela descoberta de nomes de peso como os volantes Marcos Assunção (Palmeiras) e Marcos Senna (Villarreal-ESP), em entrevista por telefone nesta quinta-feira.

Ortiz França considera que a saída de Romarinho do São Paulo teve relação direta com o fim do projeto da base do clube comandado pelo técnico Cilinho, famoso por liderar os Menudos do Morumbi nos anos 80. Portanto, houve até um peso político. "O Cilinho já o conhecia do América de São José do Rio Preto. Quando saiu do São Paulo, o Romarinho foi junto", emendou o olheiro.

Romarinho foi descoberto por Ortiz França aos 11 anos, justamente em um amistoso em São José do Rio Preto. Antes disso, ele vinha buscando oportunidades desde os cinco anos - deixou a cidade natal pela primeira vez aos sete. Em seguida, foi encaminhado ao América. Depois da passagem de dois anos pelo São Paulo, o atacante passou pelo Rio Preto, mas a distância do clube - 70 quilômetros de Palestina - inviabilizou a continuidade dos treinos. "A família dele não tinha dinheiro para bancar a condução", explicou França.

Após mais um período de treinos na cidade natal, Romarinho partiu para uma nova experiência. Em 2008, foi aprovado para defender o Rio Branco, onde finalmente obteve uma sequência de jogos e subiu para o grupo profissional.

No entanto, antes do sucesso no Bragantino como revelação do Campeonato Paulista deste ano, Romarinho ainda rodou mais um pouco, em passagens por Desportivo Brasil e São Bernardo. Ortiz França recorda que o jogador precisou superar alguns defeitos durante a formação, apesar de nunca duvidar do potencial do agora corintiano.

"Esse menino nasceu com dom e estrela para jogar futebol e ainda teve o trabalho com outros treinadores. Ele não era muito rápido e não tinha tanta qualidade para finalizar, procurava deixar os companheiros na cara do gol, tinha ótimo drible e excelente visão de jogo. Nós insistíamos muito com ele para fazer mais gols. Acho que parece muito com o Macedo, que jogou no São Paulo e no Santos", comparou o olheiro.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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