Martínez rejeita Santos por ajuda de Sebá: "Corinthians seduziu"
21 jul2012 - 07h40
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DIEGO GARCIA
Direto de São Paulo
Novo dono da camisa 7 do Corinthians, o meia-atacante argentino Juan Manuel Martínez, 26 anos, foi apresentado nesta sexta-feira, no CT do Parque Ecológico, e já demonstrou empolgação por vestir o uniforme do atual campeão da Copa Libertadores da América. E esse foi um dos motivos que fizeram o atleta escolher o clube ao rival Santos, que buscou sua contratação, além da ajuda do zagueiro Sebá, que atuou no Parque São Jorge há alguns anos.
"Falamos com o Santos, mas depois apareceu o Corinthians e me seduziu muito o desejo pela forma como o time jogava. Também conversei com o Sebá sobre o centro de treinamento, e além do que o Corinthians ganhou a Libertadores e disputará o Mundial", definiu Martínez. "Falei com o Sebá, disse muita coisa boa, falou muito bem e me ajudou a tomar a decisão de vir para cá", continuou.
O jogador ainda abriu um largo sorriso ao descobrir que vestiria a camisa 7, que ficou vaga desde a saída de Willian para o futebol ucraniano. Questionado, Martínez demonstrou desconhecimento e perguntou sobre a numeração ao diretor de futebol Roberto de Andrade, que deu o veredicto e deixou o atleta imensamente feliz. "Número 7, o mesmo que na Argentina", afirmou, em meio a gargalhadas.
O jogador assinou um contrato de três anos com o clube do Parque São Jorge e brigará por uma vaga no time titular campeão da Libertadores neste ano. O atleta é o quarto estrangeiro do elenco alvinegro e se junta aos peruanos Ramírez e Guerrero - apresentado há alguns dias -, além do chinês Zizao, que sequer entrou em campo com a camisa corintiana. A estreia de Martínez deve ocorrer em 15 dias.
"Não sei quanto tempo, mas acho que em duas semanas estarei jogando. Me sinto bem e feliz por ter assinado com o Cointhians, vou tentar aproveitar ao máximo. Os reforços do Corinthians são bons, a equipe está bem e espero jogar o quanto antes para demonstrar meu futebol e fazer valer a pena todo o esforço desse clube em me contratar", finalizou o argentino.
Maradona polemizou novamente. Ao descrever o Corinthians, campeão da Copa Libertadores da América sobre o seu Boca Juniors, o ex-jogador exagerou ao comentar sobre a dupla de volantes Ralf e Paulinho. Relembre aqui no Terra essas e outras declarações polêmicas de um dos maiores jogadores da história do futebol
Foto: Getty Images
Sobre Ralf, Paulinho e o time corintiano: "uma equipe muito organizada, que sai em contragolpe, preenche os espaços e que tem dois orangotangos no meio de campo que chegam em todas as bolas e um goleiro que alcança as duas traves"
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Ainda começando a trajetória internacional, Neymar já acabou sendo vítima do pouco pudor de Maradona: "esse garoto é um mal educado, não tem respeito, assim como Pelé. Messi é um jogador excepcional e duvido que alguém possa superá-lo."
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Durante a Copa do Mundo de 2010, quando era técnico da Argentina, após ser criticado por Pelé e Platini: "isso não me surpreende. Pelé que volte para o museu. Sobre Platini, sempre tive uma relação distante com ele. Sabemos como são os franceses. Ele é francês e acredita que é maior que os outros. Nunca dei bola a ele"
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Antes do Mundial, em 2010, Maradona fizera uma promessa polêmica em caso de título com a seleção argentina. Se conseguisse levar o país ao tricampeonato mundial, o então treinador garantiu que ficaria pelado no Obelisco - monumento localizado na Avenida Nove de Julho, a maior da capital argentina
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Em 20 de maio de 2010, no dia em que anunciou a lista dos 23 convocados da Argentina para a Copa do Mundo, Diego Maradona atropelou um cinegrafista ao chegar à sede da AFA (Associação do Futebol Argentino). Depois do ocorrido, o então treinador não demonstrou remorso: "que idiota você é! Como vai colocar a perna embaixo da roda?"
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No ano de 2009, ao conseguir um duro empate por 1 a 1 com o Uruguai, em Montevidéu, e classificar a Argentina para o Mundial, Maradona disparou contra os críticos: "chupem agora! Estou agradecido ao povo, aos jogadores e a ninguém mais. Aos demais, que chupem, que sigam chupando. Isso é para os que não acreditaram na seleção e que me trataram como um lixo. Hoje, estamos no Mundial sem a ajuda de ninguém"
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Amigo de políticos como Fidel Castro e Hugo Chávez, contrários ao regime americano, Maradona disparou diversas vezes contra o governo de George Bush, que permaneceu como presidente dos EUA entre 2001 e 2009. Contrário à Guerra no Iraque, o argentino disparou em 2003: "Bush é assassino. Prefiro ser amigo de Fidel Castro"
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Um dos principais alvos da língua afiada de Maradona é Edson Arantes do Nascimento. A rivalidade com o brasileiro pela honraria de "melhor da história" pautou o argentino em um encontro com o rei do Futebol no ano de 2000. "Quando abracei Pelé em Roma, quase o perguntei o que ele sentia por ter sido segundo"
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"Drogo-me, mas não vendo cocaína. Como traficante morro de fome". Diego Armando Maradona, em 2000, ano no qual o jogador enfrentou um dos mais graves problemas com as drogas - chegou até a ser internado em Cuba para se tratar
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As constantes cobranças por paternidade chegaram ao limite no ano de 1999. Depois de ficar provado que não era pai de uma argentina de três anos, na época, Maradona disparou: "minhas filhas legítimas são Dalma e Gianina. Os outros são filhos do dinheiro e do equívoco"
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Marcado pelas seguidas polêmicas depois do término da carreira, Maradona demonstrava um comportamento blasé em relação às cobranças pela postura. "Só peço que me deixem viver minha própria vida. Eu nunca quis ser um exemplo"
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A Fifa também se tornou nos últimos anos um dos principais alvos de Maradona. O ex-jogador nunca escondeu a reprovação em relação ao presidente Joseph Blatter e evitou qualquer tipo de associação com o suíço. "Blatter me quer como um filho. Sim...como um filho da p..."
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Em 1997, Maradona atacou a Fifa e...Pelé. "Pelé é um escravo. Vendeu seu coração à Fifa. Depois, quando a Fifa briga com ele, quer ser amigo de nós jogadores"
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Maradona nunca escondeu o problema com as drogas. "Para todo o mundo fui um drogado, sou um drogado e serei um drogado", disse, em 1996
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Não apenas o governo de George W. Bush virou alvo das duras palavras de Diego Maradona. Em 1996, com problemas burocráticos para conseguir entrar nos Estados Unidos, o ex-jogador, fichado pelos americanos como uma "pessoa perigosa e com problemas com drogas" disparou: "queria ir para os Estados Unidos, mas (Bill) Clinton não me deixa entrar"
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Na primeira entrevista depois do flagra no Mundial dos Estados Unidos, Maradona manifestou o baque pela notícia: "sinto como se me tivessem cortado as minhas pernas"
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Estrela do Napoli e um dos atletas mais queridos na Itália, Maradona foi o jogador mais apoiado durante a Copa de 1990 - obviamente, tirando o elenco italiano. Após a derrota na decisão para a Alemanha, a estrela disparou contra a festa de alguns críticos do país (e torcedores de outras equipes): "nunca imaginei que tivesse gente que se alegrasse com a minha tristeza"
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"Não gosto de comunistas com Mercedes Benz e com um Rolex Presidente no pulso", disse Maradona, no ano de 1989, em referência a César Luis Menotti, treinador campeão da Copa do Mundo de 1978 pela Argentina e responsável por promove-lo à seleção principal
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A declaração mais famosa de Diego Maradona ocorreu no dia 22 de junho de 1986. Em um dos lances mais emblemáticos da história das Copas do Mundo, o então camisa 10 colocou a bola nas redes com a mão, definindo a vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra nas quartas de final. Perguntado, ele profetizou uma das frases mais simbólicas do futebol: "foi a mão de Deus"