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PM: vândalos podem ter sido autorizados a entrar no CT do Corinthians

11 fev 2014 - 15h56
(atualizado às 17h40)
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<p>Para Polícia Militar, torcedores corintianos entraram pela porta da frente do CT Joaquim Grava</p>
Para Polícia Militar, torcedores corintianos entraram pela porta da frente do CT Joaquim Grava
Foto: Rodrigo Gazzanel / Futura Press

Segundo as primeiras informações divulgadas pela Polícia Militar, o CT Joaquim Grava não foi invadido por integrantes de facções uniformizadas no dia 1° de fevereiro. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o comandante-geral Benedito Roberto Meira afirmou que os grupos organizados podem ter tido a entrada autorizada por alguém de dentro das instalações do clube.

"Eles invadiram por um alambrado, nós imaginamos que não houve invasão. Entendemos ali que eles entraram pelo portão da frente. Você sabe como é a relação de torcida organizada com o clube. Quando os policiais chegaram dentro do CT, um funcionário explicou o que estava acontecendo. Formaram uma comissão de dez torcedores para conversar com os diretores", declarou.

Mário Gobbi explica sumiço das fitas do circuito interno do CT:

Meira aproveitou para garantir que nenhum policial recebeu queixa sobre agressão ou ameaça a funcionários e jogadores. O comandante-geral nega que os oficiais tenham se omitido diante da confusão estabelecida no CT. Há relatos de veículos danificados, furto de celulares e até mesmo de uma funcionária agredida pelos uniformizados.

"Ninguém havia apontado para a tenente o que havia acontecido. Não citaram nada sobre ameaça ou agressões. Posteriormente, funcionários contaram à tenente que houve furtos de celulares e depredação de um carro. Ninguém tinha condição de apontar os autores dessas ações, então fomos formalizar o ocorrido na delegacia, que é o procedimento normal", disse o comandante-geral da PM.

Se eximiu a Polícia Militar de culpa pelo incidente que evidenciou a crise do Corinthians na temporada, Roberto Benedito Meira não poupou a diretoria alvinegra e a de outros clubes de críticas pela relação com as torcidas organizadas.

<p>Policiais afirmaram que não foram informados sobre agressões durante presença de torcedores no Centro de Treinamento do Corinthians</p>
Policiais afirmaram que não foram informados sobre agressões durante presença de torcedores no Centro de Treinamento do Corinthians
Foto: Mauro Horita / AGIF / Gazeta Press

"É preciso acabar com essa promiscuidade. Nós entendemos que eles entraram pelo portão da frente e isso precisa acabar. Nós estamos respeitando tudo que foi acordado pelo Ministério Público. Agora não é obrigação da Polícia Militar investigar isso. Nós só fazemos a segurança preventiva, mas os clubes são coniventes com as torcidas organizadas".

Na manhã desta terça-feira, o diretor de futebol do clube alvinegro, Ronaldo Ximenes, afirmou que não se pode tratar todos torcedores uniformizados como bandidos, mas rechaçou qualquer hipótese de a invasão ter sido permitida por algum funcionário.

"Vocês viram que não entraram pelo portão da frente, as pessoas furaram parte da cerca, promoveram uma invasão desorganizada, aleatória e violenta. Em relação às organizadas e desorganizadas, sabemos que tem pessoas boas dentro e fora, pessoas de índole boa dentro e fora. Falar que a organizada não presta, que só tem marginal, é pesado. Tem pessoas muitas boas lá dentro, como fora delas existem pessoas que têm conduta errônea".

Outro lado

Em nota oficial, o Corinthians classificou as declarações de Meira como "lamentáveis". "Ao contrário do que afirma o comandante-geral, todos viram que as invasões foram feitas por buracos abertos na cerca da propriedade, conforme comprovam as fotografias amplamente divulgadas pelos órgãos de comunicação e apresentadas pelo Corinthians à Polícia Civil e ao Ministério Público do Estado de São Paulo", diz o clube. 

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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