Em dezembro de 2012, quando Carlos Bianchi teve a volta ao Boca Juniors confirmada, ele prometeu uma conversa com o meio-campista Juán Román Riquelme. A expectativa era devolver ao clube o período de glórias, e o ex-camisa 10 seria figura primordial, na opinião do treinador. "Sabemos a dimensão de Román quando põe uma camisa do Boca", disse, na época. Seis meses depois, o Corinthians experimentou o primeiro capítulo real desse renascimento, ao ser eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores da América em pleno Pacaembu.
Com Riquelme e Bianchi, o Boca Juniors em 2013 não passou de altos e baixos. O técnico estreou com vitória empolgante e improvável: uma virada contra o Quilmes por 3 a 2 em 9 de fevereiro, pelo Campeonato Argentino. Já Riquelme voltou após sete meses afastado dos gramados – nos quais quase se transferiu ao futebol brasileiro – com derrota vexaminosa para o Unión Santa Fé por 3 a 1 em casa, em 4 de março. Na Libertadores, o time foi aos trancos e barrancos.
O Boca se classificou às oitavas de final com três derrotas – duas delas na Bombonera – e três vitórias, em segundo no Grupo A. No sufoco, caiu diante do Corinthians nas oitavas, time de quatro vitórias na primeira fase, um empate e apenas uma derrota, no gramado sintético de Tijuana, no México. Não à toa, Riquelme classificou o time brasileiro como favorito à vaga nas quartas.
No momento da decisão, no entanto, o camisa 10 ajudou a demolir o atual campeão da Libertadores e do mundo. Com lesão muscular, Riquelme não jogou a partida de ida na Argentina, que terminou com vitória do Boca por 1 a 0. No Pacaembu, finalmente relembrou os bons tempos: foi o maestro do meio-campo, distribuindo bolas entre os jogadores, que não se afobavam diante da marcação por pressão dos corintianos.
Aos 25min do primeiro tempo, depois de criar algumas oportunidades em bolas cruzadas, Riquelme surpreendeu Cássio: pela direita do ataque, bateu com força. O goleiro chegou a se adiantar, esperando um cruzamento. A bola passou por cima e entrou no canto esquerdo do gol, direito dele. Com isso, obrigou o Corinthians a fazer mais três gols para se classificar. O empate veio com Paulinho, aos 6min da etapa final.
Riquelme saiu de campo aos 25min, cansado. Antes, ainda fez Cássio mostrar insegurança em chute cruzado pela esquerda do ataque, rebatido pelo goleiro e não aproveitado por Blandi. Seus companheiros de equipe fizeram bem o papel dele: se seguraram como puderam, tiveram sorte em uma bola em que Alexandre Pato driblou o goleiro, mas deixou escapar para fora, e enrolaram quanto pudera. A classificação foi confirmada.
"Eu ainda sou o mesmo de sempre, acontece que este ano ganhei e no ano passado eu perdi", comentou Riquelme, depois do jogo, festejando também a parceria com Bianchi. "Ele deve gostar muito de mim, porque gosto muito dele. Agora nos vemos todo dia, ele está mais velho, conversamos sempre... tomara que continuemos da mesma maneira. Juntos, nunca perdemos no Brasil. Tomara que isso continue", acrescentou.
No Pacaembu, alguns erros do árbitro paraguaio Carlos Amarilla tiveram influência direta no resultado final da partida: um pênalti não marcado, um gol mal anulado por impedimento e outro em que a decisão é discutível. O resultado final é discutível. O que não se pode discutir é a grande atuação de Riquelme. Lembrou aquele carrasco de Palmeiras em 2000 e Grêmio em 2007. Com ele e Bianchi à frente, o Boca volta a meter medo. E a honrar essa premissa.
Corinthians empatou por 1 a 1 com Boca Juniors e deu adeus ao sonho do bi na Libertadores
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Corintianos deixaram gramado do Pacaembu cabisbaixos
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Guerrero e Pato não conseguiram balançar as redes e não ajudaram Corinthians
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Tite não conseguiu furar retranca do Boca Juniors e deu adeus à Libertadores
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Gil lamenta empate e queda na Libertadores contra o Boca Juniors
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Corinthians não conseguiu revalidar título obtido na temporada passada
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Cássio e Pato deixam Pacaembu desolados depois de queda
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Bianchi e Tite se cumprimentam após classificação do Boca contra Corinthians
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"Lenda" na Libertadores, Bianchi conseguiu renascer Boca Juniors no torneio
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Danilo teve atuação apagada e foi substituído no fim
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Danilo lamenta noite de azar do Corinthians na Libertadores
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Emerson teve lance duvidoso no segundo tempo que poderia ter resultado pênalti ao Corinthians
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Cássio lamenta gol sofrido após chute perfeito de Riquelme
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Emerson lamenta derrota parcial do Corinthians no primeiro tempo
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Pato cometeu erro bizarro no segundo tempo que poderia redefinir destino do jogo
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Riquelme faz festa com gol do Boca Juniors na etapa inicial
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Camisa 10 foi decisivo no primeiro tempo
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Riquelme marcou um golaço ainda no primeiro tempo e ajudou o Boca a se classificar às quartas de final
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Paulinho cabeceia de olhos fechados e empata jogo para o Corinthians
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Paulinho comemora gol que poderia resultar em reação do Corinthians
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Paulinho e Ralf fazem a festa após Corinthians empatar o jogo no começo do segundo tempo
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Paulinho comemora gol de empate do Corinthians no Pacaembu
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Paulinho fez dois gols no Boca: um validado e um anulado pela arbitragem
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Pato divide bola com argentinos; camisa 7 perdeu gol sem goleiro no segundo tempo
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Paulinho reclama da arbitragem, que foi crucial para empate no Pacaembu
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Riquelme faz festa após marcar gol que eliminou Corinthians da Libertadores
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Romarinho tenta drible: jogador não foi bem contra o Boca
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Tite acompanha eliminação corintiana nas oitavas da Libertadores
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Alessandro marca Riquelme, mas não evita gol do camisa 10 no primeiro tempo
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Guerrero foi outro corintiano com noite pouco inspirada no Pacaembu
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Danilo tenta cabeceio em lance no primeiro tempo
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Emerson protege bola pelo Corinthians
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Guerrero é segurado e não consegue produzir no ataque corintiano
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Paulinho sobe em disputa pelo Corinthians contra o Boca
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Romarinho acabou substituído por Edenilson na volta para o segundo tempo
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Emerson recebeu cartão após reclamar de pênalti não marcado para o Corinthians
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Blandi disputa bola com o zagueiro corintiano Paulo André
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Edenílson entrou na vaga de Romarinho e não teve culpa na eliminação
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Emerson tenta chute, mas é travado. Jogador do Boca chegou a tocar com a mão na bola no lance, mas juiz não marcou pênalti
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Guerrero passa por Burdisso em duelo bastante equilibrado em São Paulo