Santistas campeões de 1963 alertam sobre La Bombonera: "é terrível"
26 jun2012 - 08h00
(atualizado às 09h07)
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O Corinthians parte para o principal desafio da sua história centenária: disputar uma final de Copa Libertadores da América contra o tradicional Boca Juniors, agremiação mais popular da Argentina. Em 1963, a geração de Pelé superou a mesma missão com a camisa do Santos, mas avisa que o título foi cercado de dificuldades.
"Não foi com a facilidade tremenda que as pessoas pensam, ganhamos porque tínhamos um time que brigava, ia para a luta, era uma excelente equipe", afirma o ex-atacante Coutinho, terceiro maior goleador da história santista.
Na final de 1963, o Santos obteve duas vitórias contra o Boca Juniors. No dia 4 de setembro, venceu o rival argentino por 3 a 2 no Estádio do Maracanã. Uma semana depois, marcou 2 a 1 no lendário Estádio de La Bombonera. Coutinho balançou as redes nas duas partidas.
O Corinthians terá uma sequência invertida no confronto contra o Boca Juniors. Nesta quarta-feira à noite, abre o desafio da final no caldeirão de La Bombonera e, somente na semana seguinte, irá jogar ao lado de sua torcida no Estádio do Pacaembu. Pepe alerta para os perigos do lendário palco argentino.
"É terrível, eu já joguei lá, não é nada fácil. Você sofre pressão de todo lado, parece que o alambrado vai cair. Na minha época, você ia cobrar o lateral e o torcedor tirava a bola da sua mão", conta. "A torcida do Boca é fantástica", emendou.
Pepe reconhece a frustração pela derrota do Santos na recente semifinal da Libertadores contra o Corinthians, após a vitória corintiana na Vila Belmiro e o empate no Pacaembu. Todavia, evita carregar um sentimento de vingança contra o clube de Parque São Jorge e prioriza o sucesso geral do futebol brasileiro.
"O Corinthians deixou o meu Peixe pelo caminho, mas vou torcer por eles, é o time que vai representar o futebol brasileiro. Não há motivos para se torcer pelo Boca Juniors", avisa Pepe.
O meia argentino Juan Román Riquelme não participou dos treinamentos com os companheiros
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Ele apenas correu em volta do gramado adjacente do Centro de Treinamentos
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Segundo a imprensa local, esta prática é comum no cotidiano do Boca Juniors
Foto: Marcelo Pereira / Terra
O jogador de 34 anos se preserva nos treinamentos para não gastar energia desnecessária
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Debaixo de clima frio em Buenos Aires - cerca de 4ºC -, o time do Boca Juniors realizou nesta segunda-feira seu penúltimo treinamento antes da decisão da Copa Libertadores da América contra o Corinthians
Foto: Marcelo Pereira / Terra
A partida de ida da final da Copa Libertadores ocorre na próxima quarta, no Estádio La Bombonera.
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Todo o time titular do Boca participou da atividade, menos Riquelme
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Ao lado do reserva Sosa, vice-campeão da Libertadores com o Peñarol em 2011, o goleiro Órion realizou treino específico em uma trave improvisada ao lado do gramado principal da Casa Amarilla, centro de treinamento do Club Atlético Boca Juniors localizado atrás do Estádio La Bombonera
Foto: Marcelo Pereira / Terra
O restante da equipe, como Roncaglia, Schiavi, Clemente Rodríguez, Mouche, Cvitanich, Santiago Silva, Somoza, Lederma, Erviti e Viatri, correu ao redor do gramado pouco antes de treino coletivo contra um time de reservas
Foto: Marcelo Pereira / Terra
O volante Sebastián Battaglia também não treinou ao lado dos companheiros
Foto: Marcelo Pereira / Terra
O treino boquense foi acompanhado por torcedores na Casa Amarilla, dentro da sede do clube argentino finalista da Libertadores
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Gramado do centro de treinamento do Boca é irrigado na tarde portenha de sol
Foto: Marcelo Pereira / Terra
A primeira partida da decisão entre Boca e Corinthians está marcada para esta quarta-feira, na Bombonera
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Goleiro do Boca se atira no gramado e faz a defesa durante treinamento
Foto: Marcelo Pereira / Terra
O time do Boca treinou nesta segunda-feira um dia depois de não conseguir conquistar o título do Torneio Clausura do Campeonato Argentino
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Diante do Corinthians, o Boca Juniors tenta se igualar ao Independiente, sete vezes e maior campeão da história da Libertadores
Foto: Marcelo Pereira / Terra
O último título do Boca foi conquistado em 2007, também no Brasil, contra o Grêmio
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O atacante uruguaio Santiago Silva é uma das principais esperanças de gol do Boca na decisão contra o Corinthians
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Silva, aliás, teve uma passagem rápida pelo Corinthians em 2002, fazendo cinco jogos e não conseguindo marcar gols pelo time brasileiro
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Torcedores do Boca prestigiaram o treino da equipe portenha na Casa Amarilla