São-paulinos chegam com provocação a rival: Gaivotas da Fiel

A dúvida se haveria provocações relacionadas à homossexualidade no clássico entre Corinthians e São Paulo, na tarde de domingo, acabou bem antes de o jogo começar. Os torcedores tricolores já chegaram ao estádio em Itaquera com camisas que formavam a expressão "Gaivotas da Fiel".

Esse é o nome usado pelo jornalista Felipeh Campos na sugestão de uma torcida gay alvinegra. Ele apareceu com a ideia depois que Emerson, então atacante do Corinthians, publicou a foto de um beijo selinho em um amigo, cobrando uma discussão pelo fim da homofobia.

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Os torcedores corintianos historicamente tripudiam de são-paulinos em torno da homossexualidade e inauguraram contra Rogério Ceni o grito de "bicha" na batida do tiro de meta. Temendo punições na esteira do caso Aranha, o clube do Parque São Jorge publicou um texto pedindo o fim de tal manifestação.

Os são-paulinos não esperaram o primeiro ataque e já chegaram ao estádio de Itaquera, na primeira visita ao local, provocando. Minoria na arena, eles tiveram de deixar do lado de fora as camisas que formavam a inscrição "Gaivotas da Fiel". Também não puderam pendurar as faixas onde queriam, na beira do gramado.

Em outro clássico em Itaquera, os corintianos já haviam sido provocados, só que por palmeirenses. Ao chegar na arena, no duelo disputado em 27 de julho, os torcedores alviverdes estavam usando máscaras hospitalares para não respirarem o "ar sujo" do local.

Escolta aos são-paulinos

O trajeto de trem dos tricolores, com descida na estação Dom Bosco da CPTM e escolta da Polícia Militar, foi feito apenas com um susto. Segundo a PM, os corintianos aguardavam no trilho pouco antes da estação e tinham a intenção de parar o trem e, para isso, atiraram pedras em direção ao veículo. Ninguém se feriu na ação.

Além disso, um torcedor acabou sendo detido na porta do estádio, tentando entrar sem ingresso e, segundo os policiais, apresentando sinais de embriaguez.