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Emerson é expulso por malandragem e vive noite de vilão

22 abr 2015 - 23h54
(atualizado em 23/4/2015 às 01h41)
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O torcedor corintiano não pode reclamar de Emerson Sheik não ser decisivo. Muito pelo contrário: o atacante fez os dois gols do título da histórica Libertadores de 2012 sobre o Boca Juniors. Contudo, de uma coisa a torcida alvinegra pode chiar: a indisciplina do jogador. Nesta quarta-feira, o atacante voltou a ficar mais marcado por uma atitude do que pelo brilhantismo em campo: a polêmica expulsão no primeiro tempo determinou a derrota para o São Paulo por 2 a 0 e a consequente classificação do rival às oitavas de final da Copa Libertadores.

Antes do duelo, o jogador era dúvida. Não havia participado da partida contra o Palmeiras, no último domingo, pela semifinal do Paulista. O motivo? Suspensão – no Estadual, foi por três cartões amarelos, o último nas quartas contra a Ponte, por suposta tentativa de cavar um pênalti (outra malandragem!). A presença de Emerson, que sofre com um físico debilitado neste início de ano, só foi confirmada na última terça-feira. Pelo apresentado no Morumbi, poderia nem ter entrado em campo.

Atacante recebeu o vermelho com menos de 20 minutos de jogo
Atacante recebeu o vermelho com menos de 20 minutos de jogo
Foto: Sergio Barzaghi / Gazeta Press

O atacante já apareceu logo aos 6min. Enquanto o São Paulo pressionava, Emerson sentiu lesão e caiu no gramado. Foi atendido e logo voltou a campo. Mas não ficaria muito tempo. Aos 18min, já deixara o gramado do Morumbi, mas não por contusão: foi expulso pelo árbitro Sandro Meira Ricci.

Você bem sabe aquela velha frase que diz que a fama marca e persegue. Foi o que aconteceu com Sheik nesta quarta. Malandro, o jogador deu um toquinho no pé de Rafael Tóloi – aquele mesmo que você dava nos seus amiguinhos de escola. Para quê? Flagrado pelo árbitro, foi expulso instantaneamente de campo, em ação até exagerada, enquanto o zagueiro desabava no chão.

A fama de malandro de Emerson, perseguido pelos rivais, não é de menos. Polêmico, o jogador usa de suas artimanhas para sempre se dar melhor. Foi assim, inclusive, no jogo contra o Boca, com mordidas no adversário Caruzzo. Nem sempre, no entanto, é feliz.

Só pelo Corinthians, em 154 jogos, Emerson tem o número absurdo de 45 amarelos e seis vermelhos – além do desta quarta, foi expulso contra Bahia (2011), Santos (2012), Atlético-MG (2012), Luverdense (2013) e Grêmio (2013).

Emerson ficou marcado com mais uma polêmica na carreira
Emerson ficou marcado com mais uma polêmica na carreira
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Apesar da fama entre os árbitros, Sheik goza de carisma no Corinthians. Nem mesmo atrasos a treinos neste ano abalaram o status do jogador perante Tite e diretoria. Na Libertadores, tem sido protagonista, antes com bons jogos, desta vez como vilão. O treinador corintiano quer do jogador a “tarimba” necessária para a equipe caminhar para o título, mas a expulsão no clássico que poderia eliminar o rival da competição sul-americana pode manchar a imagem do atleta com a torcida e prejudicar a renovação do contrato que acaba no fim do ano.

É bem verdade que Sheik deve reclamar da arbitragem pela sua expulsão. E há motivos: no segundo tempo, Sandro Meira Ricci voltou a aparecer mais do que o jogo ao tirar de campo o corintiano Mendoza e Luís Fabiano por uma suposta tentativa de agressão do alvinegro e simulação do tricolor. No entanto, Emerson sabe: se quer continuar no Corinthians, precisa andar na linha, agora mais do que nunca. Afinal, sem nem mesmo as polêmicas que o levaram ao Botafogo em 2014 estarem cicatrizadas, já acumula novas para o currículo - nas oitavas da Libertadores, desfalcará o Corinthians.

Fonte: Terra
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