PUBLICIDADE
Logo do Corinthians

Corinthians

Favoritar Time

"Se alguém não gostar vem pra cima, mano”, diz criador das Gaivotas da Fiel

18 out 2013 - 12h40
(atualizado às 15h06)
Compartilhar
Exibir comentários
Felipeh Campos é o fundador da primeira torcida gay do Corinthians
Felipeh Campos é o fundador da primeira torcida gay do Corinthians
Foto: Bruno Santos / Terra

“Quem vai me impedir de torcer e ir ao estádio?” A indagação, em tom de provocação, é de Felipeh Campos, jornalista e apresentador de televisão que anunciou recentemente a criação da primeira torcida organizada gay do Corinthians, inicialmente chamada de Gaivotas da Fiel. Em entrevista ao Terra, ele explicou mais sobre a iniciativa.

“Acho que, antes de ser gay, eu sou homem e sou corintiano. Quem vai me impedir de torcer e ir ao estádio? Quem vai impedir que eu monte uma torcida? Qual é o problema? Se alguém não gostar, vem pra cima, mano”, disse o jornalista, na manhã desta sexta-feira, aos risos. O projeto está em frase embrionária – em fase de preparação jurídica, mas deve repercutir muito no mundo do futebol.

Durante a entrevista, Felipeh ainda desafiou o preconceito contra a iniciativa, detalhou sua relação com o clube alvinegro - "eu me descobri corintiano da mesam forma como me descobri gay" - e previu adesão de pelo menos 500 mil torcedores ao seu novo projeto.

Veja os principais tópicos da entrevista de Felipeh Campos.

Líder de torcida gay confirma já ter ficado com jogador:
Relação com o Corinthians

“Eu me descobri corintiano da mesma forma como me descobri gay. O que acontece: sou corintiano roxo ou cor de rosa, como queiram. Sou frequentador assíduo de estádio, leio sobre futebol, gosto de falar sobre futebol. Em final de campeonato, minha casa vira uma balbúrdia, vai todo mundo assistir. E aí partiu a ideia de realmente fazer essa torcida para que a gente pudesse ter mais acesso aos estádios. Não que eu já não tivesse, mas tenho grandes amigos que sofreram represália em estádios

Formação e nome da torcida organizada

Essa história de Gaivotas da Fiel foi uma brincadeira para lançar a torcida, mas vamos começar agora com as adesões. Tem um trabalho jurídico a ser feito: você tem que montar diretoria... não é assim, vou montar e pronto. Agora quero deixar com que os associados participem um pouco. O nome foi mais para brincar com a torcida Gaviões da Fiel, mas preciso que as pessoas opinem melhor sobre a questão e falem para que a gente possa ter um nome bacana

Expectativa

Vai ser a primeira torcida gay organizada do mundo. Alguns corintianos estão achando ruim, não estão gostando. No Facebook, no Twitter, são sempre os mesmos (que xingam), no máximo uns dez. Não me afeta muito. Se eu não der o primeiro passo, as coisas não acontecem. Como eu estava fazendo o trâmite burocrático primeiro, agora vamos começar com todas as adesões. Estou trabalhando também com a associação LGBT (sigla para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). De saída, a gente tem umas 500 mil adesões

"Queria um selinho do Sheik", admite líder de torcida gay:
Medo de represália

Acho que, antes de ser gay, eu sou homem e sou corintiano. Quem vai me impedir de torcer e ir ao estádio? Quem vai impedir que eu monte uma torcida? Qual é o problema? Se alguém não gostar, vem pra cima, mano

Ameaças

Todo mundo que coloca a cara na janela está para atirar ou tomar um tiro. Receio? Do quê? Vão me matar? Eu sei que não vão. Vão me ameaçar? Uma hora eles vão cansar, vão perceber que não é esse o caminho. Não tem como abafar uma história que já existe. Existe gay no estádio, gay jogador, técnico, enrustido. Vamos parar de hipocrisia

Exibicionismo?

Pode ser (que tenha criado a torcida) para aparecer também. Não vou dizer que não. Se eu não aparecer, o negócio não é divulgado. Aparecer por aparecer eu não preciso: pego o telefone, ligo para qualquer emissora e faço o programa que eu quiser. Não é por aparecer sem propósito. Se estou aparecendo, é porque tenho um porquê disso. E se estou aparecendo por isso (a torcida), ótimo. Essa é a intenção

Homossexualismo no futebol

A maior manifestação gay que existe é no estádio de futebol. São 60 mil homens vendo 22 homens correndo, todos empolgados, de shorts. Quando o time faz gol, eles se beijam, se abraçam, pulam nas costas um do outro, dão tapa na bunda. Eu acredito muito que tem uma coisa meio homossexual. Eles precisam de um bode expiatório. “Posso ter trepado com outro homem, mas trepei pelo time”. Entendeu?

"Sou corintiano roxo ou cor-de-rosa", diz líder de torcida gay:

Polêmica do selinho de Emerson

Eu adorei. Foi fantástico. Poderia ter sido eu ali no lugar, mas já que ele não me conheceu... quem sabe um dia. Eu daria selinho no Júlio César, no Ganso, no Neymar, na Seleçaõ inteira. A lista está grande. Mas achei diferente ( a atitude de Emerson). Ele fez isso para causar. Os torcedores se manifestaram contra, mas pode pegar a foto. Tinham três caras: um segurava na ponta, outro na outra e o terceiro xingava

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade