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Timão diz aceitar punição, mas exige regulamento cobrado a todos

26 fev 2013 - 19h11
(atualizado às 20h41)
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O diretor de futebol Roberto de Andrade se pronunciou sobre a punição preventiva sofrida pelo Corinthians, que terá de atuar com portões fechados na Copa Libertadores até ser julgado. Embora discorde da medida cautelar, o clube se disse disposto a cumprir qualquer pena definida desde que o regulamento da competição seja posto em prática com todos os clubes.

Enquanto falava, o dirigente exibia imagens de outras partidas nas quais os sinalizadores - causa da morte do garoto Kevin Espada, torcedor do boliviano San José, atingido durante a partida de seu time contra o Corinthians - foram utilizados. Segundo ele, o fato de não ter morrido ninguém nesses outros jogos não impede que a mesma punição imposta ao Timão seja aplicada.

"A punição foi em cima do artigo 11.2 do regulamento, porque o sinalizador foi aceso. Não foi a morte, o regulamento não fala em morte. A morte foi a consequência da causa. Em jogos anteriores e posteriores, havia sinalizadores. Tem que morrer alguém para a punição chegar? Não. O Corinthians vai exigir que seja cumprido o regulamento. Para todos!", afirmou Andrade.Um dos jogos exibidos em um telão atrás do diretor foi o outro realizado na primeira rodada da Libertadores no mesmo grupo do Alvinegro, Millonarios x Tijuana. Além do óbvio uso de sinalizadores, as imagens mostraram um bandeirinha sendo atendido, reclamando de uma pilha atirada das arquibancadas do estádio El Campín.

"Repito, o regulamento tem que ser cumprido por todos, as punições têm de ser iguais para todos. Isso começa pelo San José. Entraram torcedores sem revista, com os sinalizadores. E se fosse uma granada? E o Millonarios? Só vai ser punido se morrer o bandeirinha? Estamos sendo punidos pela consequência, não pela causa. Até quando vamos ficar quietos?", acrescentou o dirigente.

Ainda segundo Roberto de Andrade, "o Corinthians entende que tem responsabilidade sobre seu torcedor" e deve ser punido. Mas, justamente por ter sido penalizado duramente, "o clube vai exigir exatamente que as coisas funcionem como prevê o regulamento".

Além de relatar o uso de sinalizadores em outras partidas, como Peñarol x Emelec, Atlético-MG x Sâo Paulo e Fluminense x Grêmio, o Timão mostrou fotos feitas no aeroporto de Oruro. Na visão do clube, as imagens e a distância do aeroporto de Cochabamba, onde a delegação teve de fazer escala, comprovam desrespeito ao regulamento.

"Enviamos um ofício à Conmebol no dia 22 de janeiro relatando que Oruro não tinha aeroporto para nos receber. Como consta no regulamento, é preciso que a cidade tenha um aeroporto internacional em uma distância de 150 quilômetros. Cochabamba fica a 210 quilômetros", comentou.

"Como vocês estão vendo, não é que o aeroporto de Oruro estava em condições precárias. Para ficar precário, era preciso melhorar muito, gastar muito. Nem recebe voos comerciais. Tivemos de descer em Cochabamba e fretar um voo para lá. É só olhar a imagem, tem esgoto a céu aberto, cachorro no meio da pista. Isso são condições de segurança? Tudo o que começa errado tem grande chance de acabar errado. Recebemos uma carta muito mal educada dizendo que tínhamos de jogar lá e acabou. Então, o regulamento tem validade até a página dois. As decisões são políticas", concluiu o diretor de futebol do Corinthians.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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