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Tite destaca “maturidade” corintiana para superar tragédia

28 fev 2013 - 01h04
(atualizado às 01h58)
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Com uma tarja preta no braço, em sinal de luto pela morte do garoto boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, o técnico Tite falou diversas vezes em "maturidade" após a vitória do Corinthians sobre o Millionarios, na noite desta quarta-feira. A partida foi disputada em um Pacaembu aberto para apenas quatro torcedores que apelaram à Justiça comum contra a decisão da Conmebol de fazer o time mandar seus jogos na Copa Libertadores da América sem público.

"Estou feliz pela atuação, pelo resultado, pela consistência. Houve maturidade para jogar depois de tudo o que aconteceu. É difícil. Eu mesmo demorei uns 15 minutos para conseguir ficar concentrado no jogo. Era um dilema, pois sabia que estava sendo ouvido por todos no estádio vazio. Mas, repetindo, tivemos maturidade para passar por cima de tudo e chegar a uma vitória consistente", comemorou, feliz com o placar de 2 a 0.

Apesar da alegria com a primeira vitória na atual edição da Libertadores, Tite ainda estava nitidamente abatido por causa da polêmica que o Corinthians vivencia. Contra o Bragantino, pelo Campeonato Paulista, o técnico já havia dispensado a sua postura comedida para desferir ofensas para torcedores. Sua esposa virou companheira para ele voltar a se controlar emocionalmente diante do Millonarios. "Como bom marido que sou, ofereço a vitória de hoje para a minha mulher. Ela sabe o porquê", disse, abrindo um sorriso tímido.Ao contrário da diretoria do Corinthians, Tite não considera acidental a morte de Kevin Espada na estreia de seu time na Libertadores, na semana passada. O torcedor de 14 anos do San José foi vítima de um sinalizador disparado do setor visitante do Estádio Jesús Bermúdez, na cidade boliviana de Oruro. "Passam 300 coisas na cabeça quando uma tragédia acontece. E não é acidente. Fico refletindo sobre o meu papel como técnico de um time com a grandeza do Corinthians. Como usar a minha voz?", declarou.

Ao menos nesta noite, Tite recorreu à garganta apenas para orientar os jogadores do Corinthians contra o Millonarios. O treinador perdeu a timidez ao redor dos microfones das emissoras que transmitiam a partida e tentou agir naturalmente no vazio do Pacaembu. Sobre a punição imposta pela Conmebol, teve maturidade para desconversar. "Quero justiça e que os responsáveis sejam punidos. Mas quem comanda as coisas tem condições de julgar."

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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