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Tite vê corintiano impaciente em Itaquera: “Criticam no primeiro erro”

Treinador disse nunca ter ouvido vaias em uma substituição antes de Itaquera

25 mai 2016 - 12h42
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O estádio de Itaquera foi uma conquista muito comemorada pelos corintianos, fosse pela zoação dos rivais por não ter casa, fosse pela possibilidade de atuar em uma arena de Copa do Mundo. Para o técnico Tite, porém, a atmosfera do estádio fez com que os torcedores se tornassem mais impacientes com o desempenho da equipe dentro de campo, bastante diferente dos tempos em que o Alvinegro atuava no Pacaembu.

“O torcedor está mais impaciente do que era nos anos anteriores. Não sei se foi pela conquista dos anos anteriores, mas ele está mais impaciente. Primeiro, segundo erro ele já critica. Nunca tinha visto uma vaia em substituição como aconteceu contra o Grêmio. É o meu coração que está falando o que está sentindo”, avaliou o treinador, sem se aprofundar nas possíveis causas da impaciência da torcida.

Em relação ao estádio municipal, Itaquera apresenta a diferença mais evidente nos preços praticados. Enquanto no campo localizado na região central da capital paulista os preços variavam entre R$ 30 e R$ 100, no novo estádio a mais barata das entradas custa R$ 50. Luxuosa até nos setores ditos populares, a casa inaugurada em 2014 também possui diversas lojas e lanchonetes, com atrações que vão além do jogo do Corinthians, outrora único foco de atenção para os presentes.

O fato que parece mais ter atingido o multi-campeão se deu no empate por 0 a 0 com o Grêmio, pela estreia no Campeonato Brasileiro. Na ocasião, tanto o atacante André quanto o meia Rodriguinho foram vaiados por boa parte das cadeiras Oeste e Leste, principalmente o camisa 9.

“Ao torcedor, se tivesse algum vagabundo aqui dentro, nós já teríamos colocado o dedo na ferida. O atleta é ser humano, o técnico é ser humano, e quando vier um aplauso na hora do erro, isso vai ajudar o jogador, o técnico e a instituição. E qualquer reação diferente, vai trazer prejuízo. Vou dizer: porque não tem vagabundo, não tem sem-vergonha aqui”, comentou o gaúcho, indo mais a fundo para contestar aqueles que veem certa acomodação em seu trabalho após as eliminações de 2016.

“Se eu estivesse acomodado com títulos, eu não teria voltado. Reajustar time é isso. Não é na hora que ganha. O verdadeiro torcedor corintiano ajuda no momento difícil e eu me permito ser um pouco porta-voz disso. Respeitem o nosso trabalho para que a gente possa retribuir esse carinho. Quando eu vejo um corintiano feliz, a gente se sente muito feliz, estou dividindo a alegria com ele”, analisou Tite.

Aniversariante do dia, agora com 55 anos, o técnico voltou a frisar que não discorda de qualquer uma das análises feitas acerca do seu trabalho pois “já passou dessa fase”. Vangloriando-se dos títulos conquistados e da proximidade com filhos e esposa, ele assegurou que não tem qualquer pedido a ser feito pela data em que fica mais velho.

“Eu vou receber o presente, está vindo a Gabriele (filha, que mora nos EUA), estuo com o Matheus (filho, faz parte da comissão técnica), a Rose (esposa). Tenho tudo que o futebol podia dar, todas as conquistas que alguém podia um dia sugerir. Tenho também o respeito e a lealdade do grupo de trabalho. Tenho saúde também. Se eu pedir alguma coisa, papai do céu vai dizer: “tu é muito egoísta” (risos)”, encerrou, aparentemente só de mal com os torcedores corintianos.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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