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Vindo de rival, Dracena mede as palavras para falar sobre Guerrero

28 mai 2015 - 18h30
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Edu Dracena conhece a sensação de frustrar torcedores de um clube em que construiu história. Também por isso, o zagueiro que decidiu defender o rival Corinthians após capitanear o Santos em conquistas importantes, como a da Copa Libertadores da América de 2011, não faz qualquer juízo de valor sobre a saída do centroavante peruano Paolo Guerrero da equipe do Parque São Jorge.

"O que aconteceu comigo e com o Santos é uma coisa pessoal", diferenciou Edu Dracena, que deixou a Vila Belmiro em comum acordo com a diretoria (ao contrário do volante Arouca, por exemplo) em função de uma desavença com o ex-lateral esquerdo Léo. "Procurei resolver a minha situação com o clube de uma maneira bem clara. No caso do Guerrero, só estou sabendo pela imprensa. É algo que não vivi, que envolve terceiros", desconversou.

Assim como a maioria dos seus companheiros, Edu Dracena foi informado na quarta-feira pelo xará Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians, sobre a dispensa de Guerrero. Temendo a reação dos torcedores em Itaquera no clássico contra o Palmeiras, no domingo, o atacante cobiçado pelo Flamengo pediu para antecipar a sua despedida do clube com o qual tem contrato até 15 de julho."No Brasil, é difícil a gente fazer jogos de despedida ou alguma festa para os ídolos. São situações que acontecem. Da nossa parte, temos que estar preparados para buscar alternativas para suprir a ausência do Guerrero", comentou Edu Dracena, ainda reticente sobre o assunto.

A primeira alternativa encontrada por Tite foi apostar no antes desprestigiado paraguaio Ángel Romero como titular. O jogador treinou na vaga aberta por Guerrero na tarde desta quinta-feira, deixando Vagner Love na equipe reserva e mostrando bastante disposição. Ele ainda precisará fazer mais, contudo, para conquistar plenamente a confiança de seus companheiros.

"Não acredito que o substituto já esteja preparado. É pouco tempo para suprir a ausência de um jogador que estava aqui há anos. E ele tem uma característica diferente. O Paolo segurava bem os zagueiros, fazendo o pivô, enquanto os outros que estão aqui gostam mais das jogadas de um, dois", comparou Edu Dracena.

Fora de campo, o zagueiro não sentirá tanta falta de Guerrero. "Trabalhei pouco com ele, só cinco meses, então não deu para aumentarmos a relação em termos de amizade. Mas torço bastante por ele. É um grande jogador, uma grande pessoa, e tomara que seja feliz", concluiu o ex-santista, feliz no Corinthians.

O exemplo de Emerson

Ao contrário de Guerrero, que pediu dispensa de seus compromissos profissionais, o Sheik continua trabalhando normalmente no Corinthians. Ele também não terá o seu contrato (vencerá em 31 de julho) prorrogado pela diretoria.

"O Emerson está treinando todos os dias com a gente e continua à disposição do treinador. O mais importante é que em nenhum momento ele deixou transparecer chateação ou quis tumultuar o elenco. Ao contrário. Está brincando e nos ajudando nos treinos. É uma peça importante", avaliou Edu Dracena, seguindo um discurso de Edu Gaspar, que tem visto um comportamento exemplar por parte do irreverente atacante em seus últimos dias de Corinthians.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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