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#30anos1985 - pênalti do título Coxa e a mística "jogadeira"

Coritiba venceu, dramaticamente, o Bangu nas penalidades, no Maracanã e conquistou o título do Campeonato Brasileiro

31 jul 2015 - 07h11
(atualizado às 16h31)
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Uma noite mágica. Foi assim, no dia 31 de julho de 1985, que o Coritiba conquistou seu primeiro e único título do Campeonato Brasileiro, contra o Bangu. A conquista fechou uma campanha de altos e baixos, em uma história de superação dos jogadores alviverdes. E tudo isso do mais temido jeito: nos pênaltis, no maior estádio do mundo.

A trajetória até a finalíssima no jogo único disputado no Estádio Maracanã, com mais de 90 mil pessoas, já é conhecida do torcedor. As penalidades, em um teste para cardíaco, decretaram o momento histórico vivido pela diretoria, comissão técnica, atletas e torcedores.

Elenco, comissão e diretoria do Coritiba posam para a foto oficial do título de 1985
Elenco, comissão e diretoria do Coritiba posam para a foto oficial do título de 1985
Foto: Divulgação/Coritiba

E quem definiu isso tudo, marcando o famoso "gol do título", foi um zagueiro. Nem o camisa 10 e nem o camisa 9, como normalmente carregam essas responsabilidades. Depois de empate por 1 a 1 no tempo normal, a igualdade se manteve na prorrogação. E também nas penalidades: por 5 a 5, antes das alternadas.

Do lado do time carioca, Ado foi o escolhido para fazer a primeira cobrança decisiva. O bom jogador, que teve ótimo desempenho na competição, posicionou o corpo e tirou de Rafael - que pulou para o outro lado. O problema é que o meio-campista abriu muito o pé e a bola passou raspando a trave.

O título nos pés de um zagueiro

Já Ênio Andrade escolheu o defensor Gomes. Com a experiência de ter sido campeão nacional em 1978, pelo Guarani, o zagueiro poderia fechar a série e decretar o título. Mesmo sabendo que a disputaria continuaria se ele errasse, a pressão não diminuiu.

"É um momento muito tenso, mas eu preferi não ficar pensando em muitas coisas para não titubear. Já fui para bola sabendo onde chutar. Se você pensa em esperar o goleiro sair, às vezes pode ser enganado", afirmou o ex-jogador.

Com o fim dos pênaltis, jogadores do Coritiba correm para comemorar título inédito no Maracanã
Com o fim dos pênaltis, jogadores do Coritiba correm para comemorar título inédito no Maracanã
Foto: Divulgação/Coritiba

Gomes foi para a bola, ajeitou e, sem pensar, bateu rasteiro e forte no canto esquerdo do goleiro adversário. A bola bateu no lugar que muita gente diz ser o ideal no pênalti: na rede do lado, dividindo com a trave. Não teve erro. "Graças a Deus deu tudo certo e conquistamos esse título", declarou.

A partir daí, foi só festa. Jogadores pulando, se abraçando, ajoelhados, agradecendo, berrando e correndo sem rumo dentro do enorme gramado verde. Parecia surreal o que o Coritiba, que já tinha a hegemonia no Estado, tinha conseguido fazer para todo o Brasil ver.

"Não tínhamos noção da dimensão da importância do título. A ficha caiu apenas quando chegamos à cidade e fizemos o trajeto em carro aberto do aeroporto ao Couto Pereira, cercado de milhares de pessoas", finalizou Gomes.

Jogadeira

Coxa-branca que se preze sabe a importância da camisa listrada usada na final de 1985. A mística camiseta ficou conhecida como "jogadeira" após a conquista do título nacional e é a preferida de muitos torcedores do Coritiba.

Usada principalmente em jogos fora de Curitiba, a camisa ganhou força naquela campanha ao eliminar equipes tradicionais, como Corinthians e Atlético-MG. E, diante do Bangu, não foi diferente. 

Ex-jogadores do Coritiba, usando a "nova jogadeira", foram homenageados em 2014, no Couto Pereira
Ex-jogadores do Coritiba, usando a "nova jogadeira", foram homenageados em 2014, no Couto Pereira
Foto: Divulgação/Coritiba

Mas não fica só aí. Clássicos na década de 70 também marcam o uso da camisa. Após o título brasileiro, outros jogos também são relembrados. Como alguns no próprio Couto Pereira, quando poderia usar o uniforme 1. Imponente, a jogadeira marcou a história do clube  centenário, sendo usada no maior título do Coritiba. 

Lenda, superstição, mágica. Cada um tem sua definição. Mas o que se sabe é que: se o Coritiba entrar com as listras verdes em campo, principalmente em jogo decisivo, o jogo já começa com o torcedor coxa-branca dando um sorriso de lado.

FICHA TÉCNICA

BANGU (5) 1x1 (6) CORITIBA

Estádio: Maracanã, em Rio de Janeiro (RJ).

Data: 31/07/1985

Público: 91.257

Arbitro: Romualdo Arppi Filho

BANGU: Gilmar, Márcio Nunes, Jair, Oliveira e Bady; Israel, Lulinha (Gilson) e Mário; Marinho, João Cláudio (Ping) e Ado.

Técnico: Moisés

CORITIBA: Rafael, André, Gomes, Heraldo e Dida; Almir (Vavá), Marildo (Marco Aurélio) e Tóbi; Lela, Índio e Édson.

Técnico: Ênio Andrade.

Gols: Índio 25 do 1º; Lulinha 35 do 2º

Pênaltis: Gílson Gênio, Pingo, Baby, Mário Marques e Marinho (BAN); Índio, Marco Aurélio, Édson, Lela, Vavá e Gomes marcaram (COR)

Amarelos: Mário (BAN), Rafael, Gomes e Dida (COR)

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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