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Depoimentos de desafetos marcam biografia de Alex, lançada nesta terça

10 nov 2015 - 22h12
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Uma imensa fila de palmeirenses tomou conta da Livraria Cultura da Avenida Paulista na noite desta terça-feira. Os torcedores dividiram espaço com alguns cruzeirenses e um ou outro vestido a camisa do turco Fenerbahce. Todos presentes para garantir um autógrafo do ex-jogador Alex, que lançou sua biografia ao fim da tarde. Ídolo por onde passou, o meia encerrou a carreira pelo Coritiba no ano passado e teve sua história contada pelo jornalista carioca Marcos Eduardo Neves.

Conhecido pelo espírito de liderança e engajamento em movimentos como o Bom Senso F.C, o antigo camisa 10 garante que o leitor não encontrará fatos mascarados na publicação. Mesmo desviando da ideia de polêmicas descritas no livro Alex, admite ter revelado suas desavenças no futebol a Neves.

“Tem fatos que aconteceram, mas não trato muito como polêmica. Me perguntaram se alguém vai ficar chateado, pode até ficar, mas foram fatos que aconteceram. É um livro muito honesto, não tem nada inventado. Não existe ilusão nenhuma, as coisas aconteceram. Têm coisas que foram legais e felizes, outras foram tristes - o que é normal, minha vida é assim. O cotidiano nunca é uma linha, sempre tem algumas curvas, dificuldades... É honesto, e isso é o mais importante”, declarou Alex.

A fala da personagem central é ressaltada pelo autor, biógrafo de grandes nomes do esporte como Heleno de Freitas e Renato Gaúcho. “Fazer uma biografia autorizada no Brasil é complexo. Todo mundo diz que é chapa branca. Mas esse livro de chapa branca não tem nada, porque o Alex me liberou para conversar com todo mundo que eu achava importante para a história, seja para o bem ou para o mal da carreira dele. Entrevistei, por exemplo, jogadores com quem ele tinha rixa no vestiário. Entrevistei o Felipão, que acabou com o maior sonho dele, que era o de ir para a Copa de 2002”, disse Marcos Neves.

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Revelado pelo Coritiba em 1995, o meia chegou ao Palmeiras em 97 para integrar um projeto que rendeu ao clube uma de suas épocas mais vitoriosas. A parceria com a Parmalat (1992-2000) garantiu 11 títulos importantes para a história do Verdão. Durante sua primeira passagem pelo Palestra Itália, Alex participou da conquista da Copa do Brasil e da Mercosul de 98, além da Libertadores de 99. Na segunda, em 2000, levantou o caneco do Rio-São Paulo.

O ex-jogador também teve breves passagens por Flamengo e Cruzeiro nos anos 2000. Sem conquistar a confiança no clube mineiro, teve seu retorno em 2003 bancado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Naquele ano, o atleta foi um dos principais nomes da campanha da Tríplice Coroa da Raposa, garantindo o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

Negociado com o Fenerbahce em 2004, atuou na equipe turca por nove temporadas. Lá, tornou-se um dos maiores ídolos da história do clube, ganhando um monumento em sua homenagem. Por fim, retornou ao Coritiba em 2013.

“É uma história parecida com a de muitos brasileiros, o menino que cresce na periferia, joga bola na rua, de repente chega num clube. E com isso faz a vida, constrói família, acho interessante”, resumiu Alex.

“Ele se conheceu através dos depoimentos de amigos e inimigos, dando sua versão para se defender após ouvir tudo o que todos tinham a dizer. Estou dando ao leitor um panorama muito maior do que se eu tivesse apenas feito um livro com os depoimentos dele”, concluiu Neves.

*especial para a Gazeta Esportiva

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