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Título do Coritiba pode ser a redenção e o recomeço

18 abr 2010 - 19h06
(atualizado em 19/4/2010 às 11h15)
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Elaine Felchacka
Direto de Curitiba

O título de campeão Paranaense conquistado neste domingo pelo Coritiba sobre o Atlético-PR tem um duplo sabor. Há 32 anos, a torcida não sabia o que era levantar uma taça vencendo o maior rival dentro do Couto Pereira.

Mas, além disso, a conquista traz ao clube a redenção, ou ao menos um alento, depois de um final de temporada "trágico" em 2009. No dia 6 de dezembro a queda para Série B em pleno ano do centenário e a selvageria no Couto Pereira deixaram o clube com sequelas que ainda tenta reverter.

A punição não foi apenas o rebaixamento. Como consequência dos atos impensados de alguns torcedores, o Coritiba terá de brigar pelo retorno à elite do futebol brasileiro longe de sua casa. Um peso ainda maior para quem está tentando se reencontrar.

Mas o passo mais importante para que o Coritiba pudesse se reerguer foi dado ainda no final do ano passado. Ney Franco preteriu outros convites para seguir no comando alviverde e tentar "reverter" o mal causado. E mostrou que está no caminho certo e com a mão acertada.

Com jogadores importantes partindo para novos caminhos, como Marcelinho e Carlinhos Paraíba, o Coritiba conseguiu se reorganizar. E foi em figuras já conhecidas da torcida que o futebol ganhou força para chegar ao título.

Ariel, Marcos Aurélio e Leandro Donizete foram peças tão importantes quanto Ney Franco. E apesar de este domingo ser um dia de festa, o caminho foi tortuoso, principalmente nos bastidores.

O argentino foi o homem gol e, mesmo tendo enfrentando uma entressafra no meio do caminho, conseguiu mostrar seu poderio ofensivo. Marcos Aurélio ajudando com gols e assistência voltou a dar peso à camisa 10. Já Leandro Donizete foi o guerreiro da meia cancha. A cada ausência, o time sentia a dificuldade de ficar sem seu homem de defesa.

Em meio ao sucesso no Paranaense, a severa e inédita punição aplicada (perda de 30 mandos e multa de R$ 610 mil) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva deixou o clube em uma situação bastante delicada. Foi preciso um árduo trabalho para reverte a decisão e conseguir reduzir a pena para 10 mandos e R$ 100 mil em multa.

E, enquanto a diretoria trabalhava nos bastidores, os jogadores foram fazendo sua parte no gramado. Foram 19 jogos, 14 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Uma campanha exemplar, mas que não contagiou os torcedores.

Se em 2009 o Coritiba chegou próximo de 17 mil torcedores por jogo, neste início de temporada, com exceção deste confronto com o Atlético-PR, a média não chegou a 4 mil espectadores. Talvez um reflexo de toda confusão ocorrida há 133 dias.

Para o Campeonato Brasileiro, a diretoria está programando uma série de ações para atrair o torcedor, em espacial no primeiro turno, quando o time terá de jogar na Arena Joinville, em Santa Catarina, para cumprir a pena imposta pelo STJD.

Assim, a conquista do Paranaense ganha um peso muito maior e pode ser mais um atrativo ao torcedor que ainda não mostrou a força que intimidava os adversários até o ano passado.

Com um gol de Marcos Aurélio, o Coritiba reencontrou alegria no Couto Pereira
Com um gol de Marcos Aurélio, o Coritiba reencontrou alegria no Couto Pereira
Foto: Gazeta Press
Fonte: Especial para Terra
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