PE: "ticos", costarriquenhos invadem Recife e chamam atenção

Você sabe qual a capital da Costa Rica? Se respondeu San Jose, está muito melhor do que a maioria dos torcedores que acompanham a Copa do Mundo e se surpreenderam com as vitórias dos “ticos” sobre o Uruguai e Itália, justamente no mais difícil grupo do Mundial de 2014. A torcida costarriquenha invadiu o Recife e desde a partida entre Uruguai e Inglaterra já começou a chamar atenção na Fan Fest.

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Com a vitória desta sexta-feira, sobre a poderosíssima Itália, o “si se puede” (sim se pode) deixou de ser apenas um grito e virou uma perspectiva. Talvez a seleção da Costa Rica não tenha mostrado um futebol tão bom quanto o da França, mas já se tornou a maior surpresa do Mundial no Brasil.

A Costa Rica é um país da América Central, tem quase 5 milhões de habitantes e faz fronteira com a Nicarágua e o Panamá. Esta é a quarta Copa do Mundo dos costarriquenhos e será a segunda disputa de oitavas do país, já que eles também passaram da primeira fase em 1990. Depois da segunda vitória, jogadores e torcedores da seleção fizeram a festa na Arena Pernambuco, onde foi disputado o jogo contra a Itália.

Nas ruas do Nordeste, os costarriquenhos fizeram muito sucesso pelo bom humor e também pela facilidade de comunicação com os brasileiros. Quando eles gritam “ticos, ticos, ticos”, todo mundo entende que estão brincando com o fato do seu pequeno país. David Colon é um torcedor que ganhou o apelido de Suarez pela semelhança com o centroavante uruguaio, já em Fortaleza ganhou uma camisa do Uruguai dos adversários depois da vitória por 3 a 1 do seu time.

Mesmo antes do jogo desta sexta, ele mostrava muita certeza de que seu time poderia vencer os poderosos italianos. Se pouca gente acreditava na Costa Rica, não se pode deixar de fazer o registro de que sua animadíssima torcida avisou. David afirma que “a Inglaterra não joga muito” e segue para Belo Horizonte com o objetivo de ver seu time continuar chamando atenção.

Ele só não sabe se virá ao Recife caso a Costa Rica fique mesmo em primeiro no grupo D, situação muito provável já que os costarriquenhos podem ser líderes até mesmo com uma derrota, já que têm seis pontos contra três de Uruguai e Itália (que se enfrentam na rodada final). Como David não esperava uma campanha tão boa, de Minas Gerais ele e seus amigos seguem direto para o Rio de Janeiro, onde será o confronto do segundo colocado do grupo da morte, enquanto os líderes voltarão à Arena Pernambuco.

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Com o gol diante da Itália, o atacante Joel Campbel se tornou o grande destaque do time da Costa Rica. Mas a seleção tem demonstrado muita competência principalmente no setor defensivo, começando pela segurança do goleiro Navas. Sem responsabilidade, eles seguem agora na Copa do Mundo com a tarefa de tornar seu país muito mais conhecido. E isso é ainda mais importante quando sabe-se que o turismo é uma das grandes fontes de renda dos costarriquenhos, que têm na natureza exuberante a estrela do país, considerado exemplo de preservação ambiental e ecoturismo e que tem praias nos oceanos Atlântico e Pacífico.

Mas David Colon manda o recado: “minha passagem de volta é só no dia 14 de julho, do Rio de Janeiro, a tempo de ver a final no Maracanã”. O sonho é livre.