Valdir Barbosa deixa Cruzeiro e acerta com Coritiba
Dirigente se despediu neste domingo e segue para comandar o futebol do clube paranaense
Fechou. Valdir Barbosa já se despediu do Cruzeiro e é o novo diretor de futebol do Coritiba. A negociação foi fechada neste final de semana e o dirigente chega entre segunda e terça-feira na capital paranaense. O cargo estava vago desde a saída de Anderson Barros, no ano passado.
Na última terça-feira, Barbosa esteve em Curitiba e conversou com a diretoria coxa-branca. A boa imagem deixada praticamente selou o nome como favorito no Alto da Glória. O anterior, Gustavo Oliveira, não acertou a questão financeira.
O anúncio aconteceu antes do duelo diante do Internacional, no Estádio Mineirão, neste domingo. Com 17 anos de serviços prestados na Toa da Raposa, entre diversas funções, o ex-dirigente celeste ficou emocionado com a despedida.
"O coração fica partido, afinal de contas, na vida do futebol eu tive metade na imprensa e metade no Cruzeiro, até o momento. Vou prosseguir a partir de então no Coritiba. Uma proposta de trabalho bacana, um projeto muito bom que o presidente está planejando. Me convidou com vantagens absolutas, para que pudesse transferir. Vida que segue e quem sabe um dia a gente retorna", afirmou o diretor, que agradeceu os últimos presidentes: Alvimar e Zezé (Perrella) e, especialmente, o Gilvan (de Pinho Tavares).
O salário gira em torno de R$ 55 mil mensais e saída do Cruzeiro, ao contrário do que muitos cogitaram, não tem relação com a vinda de Isaías Tinoco, do vasco da Gama, para tocar o futebol cruzeirense. "Há muito tempo eu tenho pensado em mudar de ares, já que com o tempo você se torna uma figura muito conhecida, e isso atrapalha. A questão da vinda do Isaias (Tinoco) não tem nada a ver. Temos uma ótima relação, já trabalhei com outros diretores e nem por isso eu pedi minha saída, ou provocou qualquer transtorno", garantiu.
Barbosa, que foi o responsável pela montagem do elenco na temporada após a saída de Alexandre Mattos para o Palmeiras, amenizou a situação atual da equipe mineira. "Eu acho que é o momento (de sair). Eu tive a chance de trabalhar como diretor de futebol, junto com o Benecy Queiroz. Eu não tinha o rótulo, mas exerci a função. Eu só lamento que essa chance não tenha surtido os resultados que o presidente e a torcida esperavam. A falta de dinheiro e de jogadores no mercado é muito grande", explicou.
Agora, em um novo clube, o desafio é enorme. Com duas vitórias consecutivas, o Coritiba respirou na Série A e tenta manter a reação. O clube paranaense ocupa a 17ª posição, com 18 pontos.