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Áudio expõe cobrança de organizada do Cruzeiro por ingressos

19 ago 2015 - 09h53
(atualizado às 11h35)
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Às vésperas do jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, nesta quarta, pela primeira partida de oitavas de final da Copa do Brasil, o clube mineiro teve seu nome envolvido em uma polêmica com relação à venda de ingressos. Por meio de um áudio de Whatsapp que vazou na rede, é possível identificar um dos líderes da torcida Máfia Azul e o presidente Gilvan Tavares arquitetando o esquema.

Na conversa, o torcedor conhecido como Quik, um dos líderes da organizada cruzeirense, reclama de uma falta de atenção por parte do presidente, que, por sua vez, rebate as críticas expondo os benefícios que a Máfia Azul tinha até o fim da era Zezé Perrella, como facilidades na obtenção de ingressos e até cargos dentro do clube.

“A Máfia Azul quer conversar com o senhor porque isso vem de terceiros. Queremos sentar e ter uma reunião. Nós temos 38 anos e somos um patrimônio do clube. Parece que o senhor não quer saber da Máfia Azul, esqueceu, abandonou a Máfia Azul. A torcida precisa conversar com o senhor, está deselegante, entendeu doutor Gilvan?”, protestou o torcedor.

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Alegando estar atribulado com o pagamento de dívidas, o presidente garante que não abandonou a torcida. “Como vai conversar comigo se a torcida não vai me entender, como vou receber essa gente que está me mandando tomar no c... para fazer isso? Não abandonei ninguém, só que vocês morrem de raiva porque tinham emprego aqui no Cruzeiro, tinham aluguel de sala pago, tinham ingresso, tinham ônibus pago. O torcedor que tem que ajudar o clube”, rebateu Gilvan.

Diante da saída do diretor Valdir Barbosa para o Coritiba, oficializada recentemente, Quik questionou sobre como conseguiria ingressos para os próximos jogos do time, ambos em São Paulo, contra Palmeiras e Corinthians. “Onde o clube tá, a Máfia Azul tá. Nós vamos no jogo quarta, vamos no jogo domingo, entendeu Gilvan? Temos que rever isso. Para esses jogos contra Corinthians e Palmeiras não tem como dar uma ajuda? Com quem pegamos agora?”, questionou.

“Nós estamos em uma situação financeira difícil e preciso tirar para dar dinheiro para os torcedores? Os ingressos já falei com você, vamos arranjar, vocês vão pegar os ingressos lá em São Paulo. Da mesma forma que o Valdir (Barbosa) fazia. Ele dá ingresso para o Hugo (um dos seguranças) e vocês pegam com ele”, esquematizou o presidente, garantindo entradas para o ônibus de torcedores que deverá chegar a São Paulo nesta quarta.

A reportagem da Gazeta Esportiva entrou em contato com a assessoria do Cruzeiro nesta manhã, e a existência do áudio não foi negada. Segundo o diretor de comunicações do clube, a cessão de ingressos acontece apenas em jogos que o clube é visitante, e não onera os cofres mineiros. De acordo com o clube, a principal reivindicação da torcida é a liberação dos ingressos em partidas que acontecem em Belo Horizonte, deliberação a qual o presidente ainda se mostra contrário.

Presidente concede ingressos quando clube é visitante, mas nega outros benefícios
Presidente concede ingressos quando clube é visitante, mas nega outros benefícios
Foto: Divulgação
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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