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Deivid aguarda reunião com a diretoria e garante que não pedirá demissão

O técnico Deivid segue na corda bamba no Cruzeiro. Após o empate por a 0 a 0 com o América-MG e a eliminação no Campeonato Mineiro, neste domingo, se comentava sobre uma saída imediata do treinador da Toca da Raposa, porém o jovem comandante continua, pelo menos até segunda ordem. Aguardando reunião com a diretoria e […]

24 abr 2016 - 19h41
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O técnico Deivid segue na corda bamba no Cruzeiro. Após o empate por a 0 a 0 com o América-MG e a eliminação no Campeonato Mineiro, neste domingo, se comentava sobre uma saída imediata do treinador da Toca da Raposa, porém o jovem comandante continua, pelo menos até segunda ordem.

Aguardando reunião com a diretoria e mantendo um tom confiante, Deivid garantiu que não pedirá demissão e minimizou as consequências negativas que a precoce eliminação no Campeonato Mineiro em sua carreira.

“Me acovardar, nunca me acovardei. Se a diretoria entender que tenho que ficar, continuarei a trabalhar da mesma maneira que sempre trabalhei. Nunca vou desistir dos meus sonhos, e nunca vou me acovardar. Então, tenho consciência de como cheguei aqui, do que eu fiz, do que eu passe para os jogadores. O resultado não veio e o mundo não acaba aqui. Os grandes campeões se constroem nas derrotas e não nas vitórias. Agora é trabalhar”, destacou.

“Sempre fui muito confiante. Não é porque eu perdi a semifinal que é o fim. Para mim, é o começo de uma carreira de sucesso. Saio de cabeça erguida do campo, sabendo que dei meu melhor e os jogadores também. Tenho 36 anos, comecei minha carreira. Poderia ter começado ganhando o título e talvez não iria sucesso na minha carreira. Comecei sem o título mineiro, mas posso ver uma carreira vitoriosa”, afirmou.

Confira abaixo a restante da entrevista concedida por Deivid:

Eliminação precoce

Se encerra o ciclo. Uma competição que o objetivo maior era a conquista. Ninguém gosta de perder. Um erro foi fatal, perdermos o primeiro jogo e tínhamos o objetivo de fazer o gol com 15 minutos. Tivemos um gol legítimo, mas fomos prejudicados mais uma vez. Íamos ter mais disposição e calma para buscar o segundo gol. O tempo foi passando, as dificuldades forma aumentando, a ansiedade e não conseguimos o resultado.

Reunião com a diretoria

“Ainda não me reuni não. Todas as vezes que acaba o jogo a gente fica na salinha, conversando sobre o jogo e ainda sou treinador do Cruzeiro até que venha uma ordem lá de cima. Então, estou tranquilo, me doei, fiz o melhor junto com os jogadores e infelizmente o resultado não veio.

Vestiário após a partida

É bem simples, futebol não tem que ter mentira. Depois que você sai da competição, você fica chateado. A gente trabalha, trabalha, termina a primeira fase bem, e de repente sai. Aí vem a chateação dos jogadores e a gente tem que levantar a cabeça. Na vida deles não é a primeira vez. Tem que ter tranquilidade, o fim não é aqui. Está só começando. O mais importante é trabalhar e não perder a convicção. Não é porque perdemos que está tudo errado. Não é possível. Colocamos 9 pontos de diferença (ao fim da primeira fase). O mata-mata é assim. Temos que ver onde erramos e onde acertamos para o restante da temporada.

Conceito de trabalho

Criar um conceito leva tempo. Se você pegar o Audax, olha o tempo que o Fernando Diniz (técnico) está lá. São três anos jogando juntos. Não é da noite para o dia que você cria um conceito. O Corinthians tem padrão porque Tite permaneceu. Temos que passar confiança aos jogadores, porque hoje não faltou vibração, empenho. Tivemos desfalques e os jogadores que não jogaram na posição foram no seu limite. O Henrique se colocou à disposição para isso. Temos que tirar o que ficou de bom, agradecer a ele. Infelizmente, não passamos.

Pressão constante

É normal, porque a gente vive nesse ambiente. A gente tem que estar convencendo a cada três dias. Nem quando você ganha, você pode elevar. Nem quando você perde, não pode dizer que você é um bosta, um m*.

Pressão desde eu tenho 16 anos quando sai de casa, para ter meu sonho de ser atletas. A pressão sempre esteve comigo. E desde quando escolhi ser treinador, sabia que isso ia acontecer e não ia parar.

Imagem de ídolo arranhada

O torcedor está chateado, porque quer ver o time ser campeão e, por sua grandeza, Cruzeiro tem a obrigação de chegar à final e conquistar títulos, até pelos últimos títulos conquistados. Não tenho medo de arranhar o que fiz como atleta. O torcedor que elogiou quando ganhei, está me criticando quando perdi. Isso faz parte. É analisar friamente e trabalhar dentro de campo, porque só assim podemos mudar nossa história.

Reforços

Não gosto de analisar depois de uma derrota, porque fica muito fácil. Tenho que ser sincero. Colocamos nove pontos de diferença, pensamos que tínhamos um grande grupo. Perdemos e não posso achar que não temos um grupo que não é bom. A diretoria apoiou. Quando você perde, você procura coisas. Eu, como líder do grupo, não posso apontar culpados.

Especulações de treinadores atrapalharam?

Não, jamais. Até, porque não partiu de dentro da diretoria. Conhecemos as pessoas aqui de dentro, então fiquei tranquilo. A gente sabe separar as coisas. Mas quando se perde, as coisas ruins começam a vir e seu subconsciente trabalha pelo lado positivo e negativo e temos que saber lidar com isso. Não chegamos ao título, mas temos que ter tranquilidade. Não adianta dar desculpa, porque só o trabalho vai resolver a situação.

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