Dramas marcam títulos históricos de Cruzeiro e Estudiantes
Fábio de Mello Castanho
Direto de Belo Horizonte
A história mostra que, com Estudiantes e Cruzeiro em campo, a emoção está garantida. Títulos marcantes ao longo da trajetória dos clubes finalistas da edição de 2009 da Copa Libertadores deixam os torcedores de sobreaviso de que a noite de quarta-feira, no Estádio do Mineirão, pode ser mais uma com contornos dramáticos.
O Terra relembra algumas dessas conquistas que arrancaram unhas e lágrimas dos torcedores celestes e pincharratas e até hoje são contadas com tom de heroísmo por seus seguidores. Confira:
Cruzeiro
Copa Libertadores de 1976 - Terceiro jogo da final. Depois de golear por 4 a 1 em Belo Horizonte e ser derrotado por 2 a 1 em Buenos Aires, com um gol aos 30min do segundo tempo, o Cruzeiro decide o título da Libertadores contra o River Plate em Santiago.
O time brasileiro abre 2 a 0, mas em cinco minutos leva o empate. O jogo se encaminha para o final e a prorrogação parece inevitável. Aos 43min do segundo tempo, falta para o Cruzeiro e Nelinho se prepara para a cobrança. Joãozinho surpreende a todos, até mesmo a Nelinho, e dá o título continental ao Cruzeiro em uma cobrança no ângulo do adversário.
Copa Libertadores de 1997 - Depois e empate em 0 a 0 no Peru, Cruzeiro e Sporting Cristal se reencontram no Mineirão. Os peruanos surpreendem, seguram o jogo no primeiro tempo e na segunda etapa quase calam o Mineirão.
Depois de cobrança de falta, Dida dá rebote para na sequencia fazer uma defesa à queima-roupa. O gol do título só veio com Elivelton, aos 30min do segundo tempo, em um chute relativamente fraco que entrou no canto direito do goleiro peruano.
Copa do Brasil 2000 - No Morumbi, 0 a 0. No Mineirão, 2 a 1 depois de muito sofrimento. O São Paulo abriu o placar da decisão no começo do segundo tempo com Marcelinho Paraíba e forçou o Cruzeiro a virar o jogo para ser campeão.
O primeiro veio com Fábio Júnior, aos 30min. Aos 45min, falta na entrada da área para Cruzeiro e Geovanni bate, a bola passa entre a barreira e bate Rogério Ceni. No último lance do jogo, André faz milagre em cabeçada de Marcelinho Paraíba e o time cruzeirense é campeão.
EstudiantesMundial Interclubes 1968 - Aos gritos de "animais" vindos das arquibancadas, o Estudiantes joga a segunda partida da decisão contra o Manchester United, em Old Trafford. Na primeira, Marcos Conigliaro fez o gol da vitória argentina em Buenos Aires.
Na Inglaterra, Juan Ramón Verón marca logo aos 5min e freia o ímpeto inglês. O Estudiantes segura a pressão, toma o empate no final, mas sagra-se pela primeira vez campeão mundial de clubes.
Copa Libertadores 1970 - Em busca do tricampeonato da Copa Libertadores, o Estudiantes sofre em casa contra Peñarol. Marca o gol da vitória em casa só aos 42min com Togneri. Na volta, suporta a pressão uruguaia por 90 minutos e sai com o troféu de campeão.
Torneo Apertura 2006 - Vinte e três anos sem conquistar um título argentino e parecia que o jejum ia continuar. No primeiro campeonato desde a volta de Juan Sebastian Verón, o Estudiantes tinha quatro pontos de desvantagem para o Boca Juniors faltando duas rodadas para o término da competição.
Mas o improvável aconteceu. O Boca perdeu para Belgrano e Lanús e o Estudiantes empatou com o Argetino Juniors e venceu o Arsenal com gols no final da partida. O campeonato foi decidido no desempate e o Boca saiu na frente. O time de La Plata reagiu e o gol do título veio aos 35min do segundo tempo, com Pavone.
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