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Gilvan diz que elenco bancou Deivid como treinador após demissão de Luxa

17 dez 2015 - 21h24
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A situação era preocupante. Em queda livre no Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro estava a um passo da zona de rebaixamento, quando demitiu seu então técnico, Vanderlei Luxemburgo, no final de agosto. Pressionada, a diretoria buscava um nome renomado para afastar o clube da degola, no entanto, os jogadores cruzeirenses queriam que o clube arriscasse e efetivasse o ex-jogador Deivid, que atuou como auxiliar de Luxa na Raposa.

Esta foi a primeira vez que a efetivação de Deivid foi pedida pelo elenco celeste. Segundo o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, os jogadores estavam convictos de que o auxiliar técnico era o nome certo para assumir o comando da equipe, mas, naquela oportunidade, a diretoria preferiu ser mais conservadora e contratou o técnico Mano Menezes.

“Antes mesmo da vinda do Mano, fui surpreendido com uma reunião de jogadores na Toca II que pediram para não trazer outro treinador, mas deixar o Deivid. Eles tinham certeza de que Deivid seria treinador ideal para o restante da competição. Mas aquele período era mais conturbado para a gente. Resolvemos trazer o Mano, que era um sonho anterior. Trouxemos e deu certo”, colocou Gilvan.

Contratado como auxiliar permanente do Cruzeiro após a demissão de Luxemburgo, Deivid permaneceu como assistente de Mano Menezes e, com a saída do treinador para o futebol chinês, o ex-jogador voltar a ser requisitado pelo elenco celeste para assumir o comando da equipe, sendo, desta vez, atendidos pela diretoria.

Sem grandes opções no mercado para substituir Mano Menezes, o mandatário reconhece que o novo pedido dos jogadores pela escolha de Deivid como novo treinador pesou na decisão final da diretoria. Gilvan, no entanto, aponta que o trabalho diário mostrado pelo ex-jogador na Toca da Raposa foi ainda mais decisivo para ele fosse efetivado no cargo de técnico do clube para 2016.

“Evidentemente que ajudou a pesar, porque nós temos uma convivência diária com os atletas e temos que levar em consideração a avaliação deles. Mas o pesou foi aquilo que o Deivid transmitiu para a gente no dia a dia, vimos a experiência que tem. Ele está há bastante tempo trazendo ideia, fez cursos no estrangeiro e se preparou para ser treinador. Está fazendo estudos na CBF, é um sujeito que está lutando para ser um técnico top de linha e tenho certeza que com esta oportunidade no Cruzeiro, ele vai ter a oportunidade de tanto almejou de projetar sua carreira”, colocou.

Prestigiado pelos atletas, Deivid se mostrou contente com a confiança depositada pelos atletas em suas capacidades, mas salientou que tal questão aumenta a responsabilidade depositada sobre ele e também sobre todo o elenco cruzeirense que o “bancou” em seu primeiro trabalho como treinador profissional.

“Fico feliz com a confiança dos jogadores. Claro que isso é um respaldo muito bom, mas aumenta a minha responsabilidade e a deles também. No Brasil, vivemos de resultado. Você analisa um trabalho por conquistas e não pela filosofia. Estou muito confiante e muito feliz. O presidente não vai se arrepender da sua escolha. Não tenho dúvida de que farei grande sucesso como fiz como atleta”, disse o treinador, que foi jogador do Cruzeiro em 2003, quando o clube mineiro conquistou a tríplice coroa.

Comissão reunida – Nesta quinta-feira, Deivid e sua comissão técnica – composta pelos auxiliares Pedrinho e Geraldo Delamore, além do preparador físico Alexandre Lopes e o analista de desempenho Rafael Vieira – fizeram uma primeira reunião entre eles para discutir os rumos do clube para a próxima temporada.

O encontro aconteceu em Teresópolis, na Granja Comary, durante o curso de treinadores oferecido pela CBF e foi registrado pelo novo comandante cruzeirense. Dos membros da comissão técnica, apenas Alexandre Lopes não está participando das aulas que se encerram na próxima sexta-feira.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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