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Para Mano, Cruzeiro precisa “fazer o básico” para escapar do rebaixamento

23 set 2015 - 23h20
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“Hora de fazer o básico”. Foi assim que Mano Menezes definiu a proposta apresentado por ele aos jogadores cruzeirenses para a reta final do Campeonato Brasileiro. Com o Cruzeiro na 13ª posição e a dois pontos da zona de rebaixamento, o treinador cruzeirense entende que a equipe celeste precisa, acima de tudo, vencer para se livrar o mais rápido possível das chances de queda para a Série B.

“Os jogadores precisam se comportar e cumprir o básico, porque é a hora do básico. Não é a hora do excepcional, porque ele não vai acontecer. É hora de dar uma organização tática para que os jogadores entendam como a gente precisa jogar e ser fiel a esse esquema, porque isso dá tranquilidade aos jogadores”, disse o comandante cruzeirense em entrevista ao programa "Bastidores" da Rádio Itatiaia.

Para Mano Menezes, a vitória fora de casa sobre a Chapecoense, no último domingo, ilustra muito bem o pedido da comissão técnica, que pede um futebol mais pragmático, porém mais eficiente por parte do elenco cruzeirense.

“Vamos passar tranquilidade. O momento cria dificuldades. O Cruzeiro não está acostumado a jogar nessa posição da tabela. O Cruzeiro vem de outro tipo de pressão, uma pressão para ser campeão brasileiro. E foi duas vezes. Então, você não sabe se comportar nessa hora com essa simplicidade. A conversa tem sido nessa direção, e os jogadores têm assimilado bem. O jogo de domingo foi um exemplo claro disso. Não era possível jogar, em Chapecó, um futebol bonito. Nós tínhamos que jogar um futebol prático, e o Cruzeiro soube ser prático lá. Sinto nos jogadores um comportamento muito acessível para este tipo de teoria”, destacou o treinador, que volta a comandar a equipe no próximo domingo, contra o Coritiba, às 18h30 (de Brasília), no Mineirão.

Confira outros trechos da entrevista com o técnico Mano Menezes:

Temporada decepcionante do Cruzeiro

Existem algumas questões importantes depois que uma equipe se torna vencedora e, no caso do Cruzeiro, um time bicampeão brasileiro. Você tem uma tendência a acreditar que mesmo que o início não seja tão bom, as coisas vão naturalmente entrar nos trilhos, porque o time é vencedor, é bicampeão brasileiro. E às vezes, elas demoram um pouco e nessa demora, com esse imediatismo que o futebol exige, que as pessoas todas querem, às vezes vão se tomando decisões. Estas decisões, às vezes, retardam, às vezes, aceleram a retomada, e o Cruzeiro viveu esse momento. Outros clubes também.

Quando dirigi o Corinthians, o sentimento na minha chegada era que o grupo achava que a qualquer momento ia resolver todas as questões. Mas às vezes você não consegue. Tentar achar as causas e a busca delas nem sempre é tão simples quanto parece.

De Arrascaeta

Quando cheguei o Arrascaeta estava na seleção uruguaia. Acho que os jogadores têm suas características, me parece, pela primeira amostragem, que ele não será um jogador de recomposição tão forte, de retomada de bola. Se você quer utilizar aquilo que ele tem de melhor que é a capacidade técnica, a armação das jogadas, a assistência, que me parece muita claro que ele tem, precisa-se armar uma forma de a equipe jogar um pouco diferente.

Melhor esquema para De Arrascaeta

Fizemos um triângulo de base alta, em um canto o Henrique com dois homens acima, o Willians e o Ariel, e seria ideal que o Arrascaeta fizesse o lado contrário de Ariel, como o Jadson faz no Corinthians. Seriam dois meias em diferentes lugares do campo e um jogador com capacidade de entrar atrás da linha de volantes do adversário. Penso que o Arrascaeta tem características para fazer isso. Sempre penso numa equipe com dois meias para quando um tiver dificuldades, o outro assumir a armação. Mas existem os momentos certos para se fazer estes testes

Demissão da Seleção

Não consigo ter raiva, mas aquilo me trouxe uma indiferença em relação à Seleção e vi toda a Copa do Mundo com este sentimento, inclusive no 7 a 1. Penso que era mais fácil escolher o Felipão e o Parreira para dirigir a seleção na Copa do Mundo, porque à medida que você faz uma escolha dessa você transfere toda a responsabilidade para os dois últimos campeões pela Seleção. E os dirigentes de lá gostam de transferir a responsabilidade.

Voltar a comandar a Seleção?

Não penso sobre isso. Não é a minha intenção.

“Estilo Mano Menezes”

Gosto que minhas equipes tenham posse de bola. Vejo o futebol até o meio de campo com equipes com capacidade de sair da pressão, saber rodar a bola para encontrar o melhor caminho para primeira etapa da construção de um ataque. E isso começa por uma boa saída de bola. Para isso você precisa de zagueiros que saibam sair jogando, precisa de um posicionamento treinado. Até o meio-campo uma equipe tem que trabalhar com segurança. Só é possível esta segurança se você tiver qualidade para jogar. Mas como Mourinho disse: “Quem abre mão do contra-ataque, não bate bem da cabeça”.

Gabriel Xavier

No momento, o mais importante é definirmos ideias. Se formos falar de nomes, vamos ter vários. E em um momento difícil, geralmente os que não estão são a solução. Par o técnico, não. Quero primeiro definir um jeito da equipe e a partir deste jeito ver onde cada jogador pode se encaixar, para render bem. O Gabriel está dentro deste contexto.

2016

É muito cedo para falar do ano que vem. Entendo que um grupo, que hoje é composto por 32 jogadores, precisa passar por uma avaliação para você ver o que deve ser feito e a partir daí, pensar em acréscimos, mas precisamos primeiramente avaliar os jogadores que estão aqui.

Júlio Baptista nos planos?

Está (nos planos). Está voltando e existe a possibilidade de nos próximos jogos ele estar figurando entre os relacionados. Está treinando com o grupo. É óbvio que é o primeiro período que isto está acontecendo, então vamos esperar e ver como ele está reagindo. Mas é um jogador que está dentro dos planos para esta última parte da temporada.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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