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Paulo Bento avalia calendário e diz que fará rodízio: “Quase obrigatório”

Nas últimas temporadas, o futebol brasileiro tem ganhado um sotaque espanhol devido à chegada de diversas treinadores sul-americanos. Diante do fracasso da maioria deles em terras tupiniquins, muito analistas tomaram a questão do idioma como um dos motivos para tamanho insucesso dos comandantes estrangeiros no Brasil. E exatamente num dos pontos de queda dos demais gringos […]

17 mai 2016 - 08h06
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Nas últimas temporadas, o futebol brasileiro tem ganhado um sotaque espanhol devido à chegada de diversas treinadores sul-americanos. Diante do fracasso da maioria deles em terras tupiniquins, muito analistas tomaram a questão do idioma como um dos motivos para tamanho insucesso dos comandantes estrangeiros no Brasil.

E exatamente num dos pontos de queda dos demais gringos que o técnico português Paulo Bento, agora no Cruzeiro, encontra seu refúgio. O fato de falar o mesmo idioma que seus jogadores, contudo, não salvará o comandante lusitano de uma das principais mazelas do futebol brasileiro, que também afugentaram outros treinadores estrangeiros no país: o calendário.

Acostumado à organização do futebol europeu, o técnico português reconheceu o quão apertado é o calendário brasileiro, porém, preferiu utilizar tal questão como um motivo a mais para comprovar a sua capacidade como treinador.

“São 38 jornadas só no Brasileirão. Espanha também tem, Inglaterra também tem. A diferença é que na Europa são 38 jornadas em 10 meses. No Brasil esses jogos são disputados em sete meses. Ainda há Copa do Brasil em duas partidas, os Estaduais… mas creio que isso nos obrigará a ficar ainda melhores”, analisou.

“Temos que preparar melhor as estratégias, os conceitos. Os intervalos entre os jogos nem sempre serão os mesmos. Teremos que estar mais atentos e aproveitar da melhor forma a excelente estrutura do clube. É um desafio ‘deliciante’ e motivante. Sobre o idioma, creio que facilitará de alguma maneira na transmissão da ideia e da mensagem”, completou.

Para superar com louvor o puxado calendário brasileiro, Paulo Bento confirmou que irá adotar o sistema de “rodízio” na equipe titular. Segundo o treinador, tal estratégia de “rodar” o elenco se torna “quase obrigatória”, dada a sequência de jogos a serem disputados.

“O calendário obriga um bocadinho a fazer isso (risos). Seremos obrigados a fazer algumas alterações, a mudar rotinas. E também queremos envolver todos os jogadores, que todos saibam o que têm de fazer em cada momento do jogo e entendam que o treino é a melhor mensagem para compreender o que farão durante a partida. Em alguns momentos da temporada será quase obrigatório (o rodízio de jogadores)”, destacou.

Contratações – Diante da necessidade da implantação de um rodízio, Paulo Bento admitiu a importância de contar com um elenco maior, mas ressaltou que a contratação de novos jogadores é um assunto ainda a ser discutido com a diretoria.

“Vamos ver com o tempo. Em função do próprio calendário do futebol brasileiro, as equipes têm muitos jogadores. O Cruzeiro tem a vantagem de, na base, ter atletas com boa possibilidade de chegar à equipe principal. Então, dentro do relacionamento com os diretores, vamos ver os caminhos para tomar as melhores decisões. Mas, primeiro, temos que analisar o grupo mais profundamente. Depois, se houver necessidade, vamos conversar”, salientou.

“Aquilo que foi feito anteriormente foi feito dentro do clube. O que vamos tentar fazer agora junto da diretoria é avaliar da melhor maneira o que é a equipe nesse momento. Tomaremos algumas decisões? Tomaremos”, concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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