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Tinga lembra contusão e diz que vai avaliar aposentadoria

28 ago 2014 - 13h53
(atualizado às 14h19)
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<p>Tinga se contundiu gravemente em treino na Toca da Raposa II</p>
Tinga se contundiu gravemente em treino na Toca da Raposa II
Foto: Marcelo Pereira / Terra

Há menos de uma semana o volante Tinga sofreu uma grave lesão: em lance rápido no rachão na Toca da Raposa II, na sexta-feira, ele entrou em dividida com o goleiro reserva Rafael e quebrou a perna. Nesta quinta, recebeu a imprensa em casa, na região central de Belo Horizonte, e falou sobre a contusão e o futuro no Cruzeiro.

Tinga disse, de forma descontraída, que não quer se acostumar a usar muletas. "Não me lembro de andar de muleta, cansa para quem não está acostumado, mas estou bem melhor, o pessoal tem dado muita atenção. Também não quero me adaptar a isso. Acredito que já tive evolução, operei no sábado, hoje já estou mexendo o pé e conseguindo apoiar no chão. Achei que demoraria mais tempo", destacou.

O volante lembra como foi o lance e tirou qualquer culpa do goleiro Rafael - atleta que após o fato deixou o campo chorando. "O lance foi muito rápido, normal de treino. A coisa que lembro é que o Dagoberto jogou a bola para mim e quando virei já teve o choque. Mas foi muito normal, a bola era mais para o goleiro do que para mim, aconteceu o contato normal, nada violento e a partir desse contato até hoje nem eu nem o Rafa conseguimos identificar se foi o peito ou o braço que bateu. Acontece, é coisa normal do futebol. Infelizmente aconteceu. Na hora a vista ficou escura, embaralhou, não entendia muita coisa, mas sentia muita dor", completou.

Aposentadoria

Após a grave contusão, muito se falou na aposentaria do volante, que já tem idade mais avançada, 36 anos. Tinga, entretanto, disse que não pretende parar de jogar agora, mas vai avaliar o nível de competitividade ao se recuperar 100%.

"Depois dessa lesão quero me recuperar e ver como vou estar, porque gosto de competir e vencer em todo o treino e quero estar bem. Sempre falei que iria decidir a hora de parar ou não e seria quando não conseguisse acompanhar ou ser competitivo. E isso vai depender de como vou estar depois da lesão", comentou.

"Quero continuar jogando, vou jogar enquanto tiver condições físicas, tive a possibilidade de jogar até hoje, a gente é ser humano, sempre cria objetivos, novas metas, que Deus possa criar outra meta, ser jogador de ponta, disputar a competição, disputar a vaga, e agora é esperar", destacou.

União do grupo

Ao se contundir, rapidamente todos os jogadores do Cruzeiro se mobilizaram para ajudar Tinga ainda no campo. Alguns carregaram o atleta para a ambulância junto aos médicos, outros usaram os coletes para auxiliar de alguma forma. Depois da cirurgia, Tinga revelou que os companheiros o visitaram, algo que lhe deixou contente.

"Eu senti isso, algumas coisas vi na hora, lembro do Nilton entrando na ambulância chorando, o Dagoberto e o Ceará. Marlone também falou uma palavra importante e praticamente todos quando cheguei no hospital já mandaram mensagens. Depois a diretoria, todo mundo estava lá. No outro dia, a mulher do presidente, o presidente me ligou também, são coisas que demonstram o tanto que a gente tem esse carinho dentro do clube. Um clube que vivo há dois anos e parece que são 10 ou 20 anos. Pela intensidade, como na família, que às vezes se une através dos problemas", observou.

Pior ano?

O ano de 2014 não tem sido fácil para o volante: além de conviver com a reserva no Cruzeiro, ele ainda foi alvo de racismo no jogo contra o Real Garcilaso, pela Copa Libertadores da América, e agora passa por uma grave contusão. Tinga, porém, não classifica 2014 como o pior ano da carreira e consegue perceber coisas boas na temporada.

"Dizer que é o pior ano vivendo em clube que esta sempre na primeira colocação, onde me identifiquei bastante, não posso falar que foi. O diferente é que sempre fui destacado e referência onde passei dentro de campo, e aqui tem acontecido coisas que dentro de campo que não tenho conseguido exercer tanto, mas vejo uma coisa diferente, e o momento que mais tenho precisado, de fora para dentro, o torcedor, amigos família, não tenho nada a reclamar", disse.

"Talvez se tivesse acontecido tudo na minha carreira como esse ano, mas não tivesse tido esse apoio, poderia dizer que é um ano ruim. Mas ao contrario, por tudo que venho fazendo no futebol, hoje estou sendo recompensado pelo carinho do próprio torcedor do Cruzeiro", finalizou.

Fonte: Marcellus Madureira Rodrigues de Oliveira - ME - Especial para o Terra Marcellus Madureira Rodrigues de Oliveira - ME - Especial para o Terra
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