Verón "resume" história de Cruzeiro e Estudiantes
Diego Ribeiro
Cruzeiro e Estudiantes se enfrentaram apenas quatro vezes na história: duas neste ano, pela primeira fase da Copa Libertadores, e outras duas em 1994, pela Supercopa. Um jogador esteve em campo nas quatro oportunidades e pode jogar novamente nesta quarta-feira, às 21h50, em La Plata, pelo primeiro jogo da final da Libertadores. Nada menos do que Juan Sebastian Verón, craque do Estudiantes e ex-seleção argentina, que ainda depende de liberação do departamento médico para jogar a final.
Verón foi revelado pelo próprio clube de La Plata em 1994, ano em que os dois finalistas da Libertadores disputaram a Supercopa, competição que reunia os campeões da própria Libertadores. O cruzamento entre os dois times ocorreu nas quartas de final. Verón, então com 19 anos, já era o principal articulador do time e foi o grande nome da vitória por 1 a 0, no jogo de ida, na Argentina.
Na volta, no Mineirão, Verón não teve o mesmo brilho. O time, então treinado por Miguel Angel Russo, levou um baile do Cruzeiro, que fez 3 a 0 e avançou na competição. Para piorar, o craque argentino ainda perdeu um pênalti, bem defendido pelo então promissor goleiro Dida.
Depois disso, Verón fez uma carreira sólida na Europa. Ficou marcado por suas passagens por Lazio, Manchester United e Inter de Milão. De volta ao Estudiantes, ajudou o time a conquistar o título argentino em 2006 de forma épica, depois de tirar uma grande diferença de pontos em relação ao Boca Juniors. Foi o fim de um jejum de 23 anos sem títulos do clube argentino.
Com o craque, o Estudiantes voltou a ser temido no futebol local e sul-americano. Este ano, ele voltou a aparecer no caminho do Cruzeiro. Na estreia dos dois times, vitória brasileira por 3 a 0 no Mineirão. Kléber roubou a cena e Verón foi discreto.
O troco veio em 8 de abril, na Argentina: 4 a 0 a favor do Estudiantes, com um gol e show de Verón. Nesta quarta, novamente em La Plata, o craque tem a chance de "desempatar" seu duelo particular contra o Cruzeiro e ajudar os argentinos na busca pelo quarto título da Libertadores - o primeiro em quase 40 anos.
