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De comida exótica a pirataria; conheça "Taiwan de Díos" de Guadalajara

20 set 2011 - 12h49
(atualizado às 12h59)
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Celso Paiva
Marcelo do Ó
Direto de Guadalajara

A impressão inicial ao chegar ao Mercado San Juan de Díos é que você está dentro dos grandes mercados chineses, com diversas pessoas circulando para lá e para cá, em um ritmo frenético. Não é a toa que o apelido "Taiwan de Díos" pegou tão rápido para o tradicional local de Guadalajara. Fundado no final da década de 50, com o nome de Mercado Libertad, o local é uma verdadeira miscelânea de objetos, cheiros e sabores nos seus três andares e mais de 2,6 mil lojas.

Com uma circulação de até 30 mil pessoas por dia, ele é um verdadeiro exemplar do que a cultura mexicana pode lhe oferecer. Ao começar pela comida. Barracas de doces típicos dão as boas vindas aos visitantes logo na entrada do mercado. Do lado de dentro, o segundo andar é separado para os diversos restaurantes que servem tacos, quesadillas, torta ahogada (sanduíche de carne de porco afogada no molho de tomate), feijão, e outros pratos típicos e exóticos para quem é de fora. Tudo isso com, no mínimo, uma pimentinha para arder à boca do turista que passa perto dos pratos.

Andando mais um pouco, é possível encontrar uma verdadeira feira livre, com verduras, legumes , e claro, mais tipos de pimenta. Vendidas engarrafadas de forma líquida, ou em seu formato natural, elas chamam a atenção de longe pelo forte cheiro que já arde o olho e o nariz, apenas chegando perto.

No andar abaixo dos restaurantes, o visitante encontra de cara algumas lembrancinhas para levar a parentes ou amigos: relógios, chaveiros, pratos com os principais locais da cidade são algumas das atrações.

No mesmo piso, outra área chega a assustar. Diversas caveiras e velas enchem as barracas. De acordo com os consumidores, os objetos servem para rebater a magia negra feita contra a pessoa. Em um espaço próximo às caveiras, curiosamente, se vê imagens de santos, como a Nossa Senhora de Guadalupe, deixando claro que há uma verdadeira mistura de crenças no local.

Quando você pensa que já viu de tudo, eis que chega ao terraço do local e lá dá de cara com a venda de diversos tipos de pássaros. Com até dezenas presos em uma gaiola, eles se espremem em um curto espaço. Há até criação de filhotes de pato.

Para completar, no último andar, há o verdadeiro sonho de quem gosta de comprar e não quer gastar muito com isso. É um show de pirataria para fazer inveja a alguns lugares do tipo no Brasil. Tênis de marcas tradicionais como Puma, Nike e Adidas são vendidos por R$ 80. Bolsas de Gucci e Louis Vuitton também são encontradas a preço de banana. Camisas de time de futebol têm dos dois tipos. A original do Chivas, tradicional time da cidade, custa uma média de R$ 100. Já a falsa sai por volta de R$ 35.

No fundo do corredor, se vê uma odisseia de jogos de videogame, equipamentos eletrônicos, séries de TV e filmes. Todos eles, como já se podem imaginar, falsificados. Diferentemente da fiscalização dura que está sendo adotada no Brasil para extinguir as piratarias do comércio, como é visto principalmente em São Paulo, no "Taiwan de Díos", tudo é liberado e sob os olhares passivos dos policiais, que chegam a circular por lá e comprar objetos como esses.

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Fonte: Terra
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