Dirigente dos EUA defende Jogos e manda críticos se calarem
Apelidada de "Jogos das Falhas" por muitos críticos, a Olimpíada de Inverno de Vancouver vem sendo um sucesso segundo o gerente geral da seleção de hóquei dos Estados Unidos, Brian Burke. O americano se mostrou irritado com os ataques que os organizadores do evento vêm recebendo, especialmente na imprensa britânica.
Com problemas no transporte, na venda de ingressos e nas condições de tempo - que já adiaram três provas de esqui alpino - e principalmente por causa da morte de um atleta durante um treinamento, a competição canadense tem sido um grande alvo de críticas nos últimos dias.
Em uma briga direta travada com o comitê organizador do evento (Vanoc), um dos principais jornais da Grã-Bretanha, o Guardian chegou até a publicar um artigo listando os problemas dos Jogos que antecedem os de Londres 2012.
Em meio à polêmica, o dirigente americano do hóquei tem um parecer totalmente favorável aos vizinhos canadenses. Com a experiência de quem já acompanhou de perto outras três Olimpíadas de Inverno, Brian Burke considera que a de Vancouver é a melhor na comparação.
"Com tantas pessoas, vários centros esportivos e uma grande logística, sempre haverá falhas em competições assim. Porém, acho que estão fazendo um trabalho maravilhoso", disse ele. "Não sou um novato nisso e não sei porque há gente reclamando. Gostaria que parassem de falar besteira".
Entenda o caso
O georgiano Nodar Kumaritashvili, 21 anos, morreu nesta sexta-feira após sofrer um grave acidente no treinamento do luge, no Whistler Sliding Center. O atleta estava em uma velocidade de 144 km/h quando perdeu o controle de seu trenó, bateu contra a parede de gelo e, depois, contra uma haste na pista.
A equipe médica dos Jogos de Vancouver tentou realizar procedimentos de reanimação, como massagem cardíaca e respiração boca a boca, antes de chamar um helicóptero para transferir Kumaritashvili ao hospital. O atleta, que havia iniciado a carreira profissional há dois anos, teve a morte anunciada horas depois pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
