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Olimpíada 2016

Dois meses após fechamento, Engenhão segue sem solução para cobertura

5 jun 2013 - 15h28
(atualizado às 19h42)
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<p>Engenhão está fechado por tempo indeterminado</p>
Engenhão está fechado por tempo indeterminado
Foto: Fernando Soutello/Agif / Gazeta Press

Mais de dois meses após o fechamento por problemas estruturais na cobertura, o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, ainda não tem prazo de reabertura, afirmou nesta quarta-feira o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Ele espera receber até a próxima semana um diagnóstico com a solução para o problema.

Os indícios são de que a reabertura do estádio construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007, e que será palco das provas de atletismo na Olimpíada de 2016, não deve ocorrer em um curto prazo. "Não vamos abrir o Engenhão na pressão ou no grito. Só quando tiver certeza de qual é de fato o problema, qual a solução, e a solução implementada", disse o prefeito.

Em uma sinalização de que a interdição será longa, o prefeito adiantou que podem ser feitos investimentos públicos no Estádio de Moça Bonita, em Bangu, como alternativa para os jogos dos times da cidade.

Segundo fontes da prefeitura do Rio, os técnicos que integram uma comissão criada para apontar a solução de engenharia para a cobertura do Engenhão têm opiniões distintas, o que tem atrasado uma definição. "O clima é esse, de uma solução mais para frente", disse uma fonte.

A prefeitura já determinou que o custo da obra de reparo da cobertura terá que ser bancado pelas construtoras OAS e Odebrecht, que finalizaram as obras do Engenhão, acrescentou a fonte. Se as empresas não aceitarem, a prefeitura vai ingressar na Justiça contra as empreiteiras, segundo a fonte, que tem conhecimento direto das negociações.

Os clubes do Rio de Janeiro foram surpreendidos pelo fechamento do Engenhão no final de março, em um período em que o Maracanã estava em obras para a Copa do Mundo e cedido à Fifa até o final de junho para a realização da Copa das Confederações.

O Botafogo, que arrendou o Engenhão depois do Pan, tinha um acordo com Fluminense e Flamengo para a utilização do estádio pelos clubes rivais e deixou de arrecadar recursos fundamentais para o clube desde a interdição.

A construção do estádio, a cargo da prefeitura, foi marcada por atrasos e estouros de orçamento. O custo da obra passou de uma estimativa inicial de R$ 60 milhões para um valor final de cerca de R$ 380 milhões.

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