PUBLICIDADE

Equipe de vôlei sentado de Ruanda deslumbra com chance única nos Jogos

31 ago 2012 - 16h36
Compartilhar

Estar na Paralimpíada de Londres já significa a maior conquista da história do vôlei sentado masculino de Ruanda. Até agora, eles perderam os dois jogos que disputaram, para o Irã e o desta sexta-feira, contra o Brasil, por 3 seta a 0 (25-5, 25-5 e 25-13), mas isso não tira o sorriso dos 11 jogadores.

A seleção de Ruanda perdeu para o Brasil por 3 sets a 0 (25-5, 25-5 e 25-13)
A seleção de Ruanda perdeu para o Brasil por 3 sets a 0 (25-5, 25-5 e 25-13)
Foto: Getty Images

» Acompanhe o quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos
» De bocha a goalball, conheça os esportes da Paralimpíada
» Confira dez curiosidades sobre a Paralimpíada

"Tem sido uma experiência maravilhosa", reforçou Emile Vuningabo, capitão de seu país, debutante nos Jogos e classificado após vencer o Campeonato Africano Sub-Sahara, em 2011, superando o Quênia.

Ter motivos para se deslumbrar é privilégio em Ruanda. Com pouco mais de dez milhões de habitantes, o país africano é rodeado por conflitos. Atualmente, o governo é acusado de dar suporte a rebeldes da República Democrática do Congo, que promove uma armada para tomar o poder. Na história, é marcado por causar um dos maiores genocídios da história, em 1994, quando os hutus, maioria étnica do local, executaram cerca de 800 mil na minoria tutsis.

Camisa 1 da seleção de vôlei, Dominique Bizimana é uma vítima da violência. Aos 16 anos, foi recrutado para compor a Frente Patriótica de Ruanda, que em 1990 entrou em guerra civil com o governo (durou quase três anos). Em um dos combates, perdeu a perna esquerda. Hoje, ele também preside o comitê paralímpico da nação.

"O maior obstáculo foi trazer as pessoas para o esporte. Muitos têm vergonha da deficiência, se sentem diminuídas pois já sofreram muito na vida", contou.

Para a maioria da seleção, trocar o esporte pelos conflitos foi a salvação. A maioria estuda ou já concluiu um curso superior. Agora, sonham em curtir essa experiência para daqui a quatro anos, no Rio de Janeiro, jogarem para valer.

"É uma brincadeira que está crescendo. Eles estão tendo visibilidade, curtindo esse momento novo e especial. Às vezes é difícil manter o foco, na Vila Olímpica há muitas distrações. Mas o primeiro passo era participar dos Jogos. O segundo será competir para valer. Eles têm tudo para conseguir", avaliou o técnico Pieter Karreman, que é holandês.

Fonte: Lancepress!
Compartilhar
TAGS
Publicidade