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Equipes querem acabar com domínio de Carlos Barbosa e Malwee

9 abr 2010 - 11h38
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Mesmo longe da mobilização obtida pelo futebol de campo, o futsal é acompanhado atentamente por milhares de fãs ano a ano, especialmente no interior da região Centro-Sul do país. Entretanto, há seis temporadas estas pessoas têm convivido com uma constante: tal qual no vôlei feminino, onde Unilever (ex-Rexona) e Osasco se alternam nos títulos, Carlos Barbosa e Malwee vêm dominando o cenário nacional.

Times que concentram as melhores estruturas e, consequentemente, possuem as condições de contar com os grandes craques, Carlos Barbosa e Malwee enfrentarão nesta temporada o desafio de prosseguir com a hegemonia. Não será fácil: já em sua primeira partida, o atual campeão não conseguiu passar de um empate sem gols em casa contra o rival gaúcho Atlântico/Uri/Erechim.

"Os outros times também estão amadurecendo. Eu vejo a coisa muito cíclica, como nas guerras: gradativamente uma força vai cedendo lugar para outras. A coisa sobe e desce. É isso o que faz a beleza do futsal", afirmou o técnico de Carlos Barbosa, Paulo Mussalem.

Para ele, pelo menos oito times estão com chances de título. "Estamos nos preparando para uma liga muito equilibrada. Todos os times procuraram se reforçar e só ao longo da temporada é que veremos aquele que deu a partida certa", disse.

Inspirada na NBA, a Liga Futsal trabalha com o sistema de franquias. Neste ano serão 21, um recorde na história da competição, iniciada em 1996 - tal número faz com que os organizadores se autodenominem "a maior liga de futsal do mundo".

"E todas as equipes são de alto nível, uma coisa que não existe em nenhum outro lugar do mundo", afirma Aécio de Borba Vasconcelos, presidente da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS).

Ao todo, sete estados estão representados na Liga Futsal: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás.

O principal candidato a derrubar Carlos Barbosa e Malwee é o Krona/Joinville, que vem investindo pesado nos últimos anos para chegar ao topo. O time esteve perto em 2007, quando ficou com o vice, mas decepcionou na última temporada: após liderar a primeira fase do Nacional, caiu nas quartas de final contra o surpreendente Florianópolis, que terminou em quarto lugar.

"A Krona é uma equipe grande, mas ainda depende de um título grande como a Liga Nacional", afirma o fixo Júlio, eleito o melhor de sua posição na edição 2009 da Liga, quando atuava pelo Zaely/Penalty/Umuarama. "Acho que pesa muito a parte psicológica. Os jogadores da Malwee, por exemplo, possuem muita confiança nos momentos decisivos devido às conquistas dos anos anteriores. Isso faz com que eles saiam um pouco na frente".

A força da estrutura da Malwee pôde ser vista na premiação dos melhores da edição 2008 e 2009 da Liga: quatro títulos, através de Falcão, Lenísio, Tiago e Chico, além do prêmio de melhor técnico para Fernando Ferretti. Valdim e Basílio, agraciados por suas atuações na Cortiana/AFF há dois anos, foram contratados, totalizando seis troféus para Jaraguá do Sul.

Tentando trazer pela primeira vez o título para São Paulo está o São Caetano/Corinthians/UNIP, que desde o ano passado está sob o comando do ex-técnico da seleção brasileira, PC de Oliveira. Em seu elenco, o alvinegro ainda possui nomes com passagens pela seleção brasileira, caso de Cabreúva e Simi, além do experiente fixo Paulinho Japonês. "Em 2010 a gente espera fazer um bom papel. Ser o ano do centenário do clube é uma motivação a mais para todos", DISSE Felipe Ezabella, um dos dirigentes do clube.

Enquanto a briga pela taça promete ser dura, outros times dizem estar em processo de evolução para integrarem o grupo top nos próximos anos. É o caso do Poker/PEC, que fez uma das grandes contratações da temporada ao repatriar Vander Carioca. "O Petrópolis quer crescer a cada ano e, se bobear, daqui a dois ou três anos vamos começar a brigar pelo título, a pensar grande", afirma o pivô, considerado um dos melhores do mundo em sua posição.

Disputa entre clubes à parte, ainda há espaço para as preensões individuais na Liga Futsal 2010: Falcão, que recentemente se tornou o maior artilheiro da história da seleção brasileira, com 282 gols, mira outro recorde. "Quero ser o maior vencedor da Liga de todos os tempos. Eu divido isso hoje com o Índio e o Lenísio (quatro títulos cada) e atualmente jogamos no mesmo time. É um momento especial. Quem sabe não vamos deixar a marca da a Malwee como a maior equipe de futsal de todos os tempos?", disse.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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