Diego Maradona não perdeu a chance de ser polêmico e provocar a Seleção Brasileira, um dos seus principais alvos. Em entrevista ao site Goal.com divulgada na manhã desta terça-feira, o argentino afirmou que o Brasil só venceu a Espanha no último domingo porque jogou no Estádio do Maracanã. De acordo com o ex-jogador, a final da Copa das Confederações seria diferente caso fosse disputada em estádio neutro.
"A Espanha não teve sorte, porque a competição foi no Brasil. Eles não teriam perdido se o jogo fosse em estádio neutro", opinou durante viagem para a Indonésia.
Ainda segundo o argentino, Neymar continua sendo pior do que Messi, mesmo após ser eleito o craque do torneio. "Messi ainda é o melhor do mundo, acima de Cristiano Ronaldo e Neymar", garantiu, antes de fazer uma previsão para a Copa do Mundo de 2014.
Torcida brasileira comemora tetra na "casa" do rival:
Maradona acha que as seleções da Europa não terão chances no Mundial, que também será disputado no País. "A próxima Copa do Mundo pertence aos sul-americanos. Espero que a Argentina seja a campeã", finalizou Maradona, que trabalhou pela última vez como técnico no Al Wasl, dos Emirados Árabes.
Já Messi, quando perguntado sobre Neymar, foi totalmente diferente do seu compatriota e elogiou o novo colega de Barcelona. Os dois irão se enfrentar nesta terça, às 23h (de Brasília), no Jogo das Estrelas. O amistoso será disputado em Lima, no Peru.
"Tenho certeza que a contratação de Neymar será boa para os nossos objetivos. Tomara que ele ajude o futebol do Barcelona e o nosso jogo, demonstrando seu talento, como no Santos e na Seleção Brasileira", projetou o camisa 10 culé em coletiva de imprensa.
No entanto, Messi se esquivou de polêmicas ao falar sobre uma provável concorrência com Neymar no prêmio Bola de Ouro, título de melhor jogador do ano dado pela Fifa. "Ainda falta muito para a entrega desse prêmio", desconversou Messi.
O fim da Copa das Confederações e o título da Seleção Brasileira encerram uma parte importante da preparação para a Copa do Mundo de 2014. É hora de fazer o balanço, e assim o Terra lista quem deixa a competição em alta, em baixa ou na mesma com o técnico Luiz Felipe Scolari; confira
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Julio César (alta): Deixa a Copa das Confederações fortalecido e como nome certo para o Mundial. Inspirado por Rocky Balboa e Robben, o goleiro renasceu depois da falha nas quartas de final da Copa do Mundo e terá a chance de redenção em 2014. Na Copa das Confederações, Júlio César teve pouco trabalho contra Japão e México e atuação segura contra a Itália, apesar dos dois gols levados. Mas ficará marcado pela cobrança de pênalti defendida na semifinal contra o Uruguai, aos 15min do primeiro tempo
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David Luiz (alta): Zagueiro titular e opção para volante em um esquema alternativo treinado com frequência por Felipão, David Luiz sai em alta do torneio. Fez um pênalti contra o Uruguai, mas nas demais partidas mostrou segurança. A saída de bola em seus pés e a forma estabanada de ir em algumas bolas não comprometeram a Seleção na Copa das Confederações e ainda conta a se favor o bom ambiente que tem dentro do grupo. Na final, mostrou raça ao salvar uma bola na linha do gol e foi um dos melhores em campo.
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Luiz Gustavo (alta): Surpresa de Felipão na montagem do time titular, o volante do Bayern de Munique correspondeu às expectativas do treinador. Se não tem um futebol vistoso, o jogador mostrou-se eficiente e, mesmo sem ser sua especialidade, conseguiu dar o balaço defensivo pretendido. A vaga de titular na Copa do Mundo de 2014 está em seus pés
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Paulinho (alta): Eleito o terceiro melhor jogador da Copa das Confederações, se apresentou ao mundo. Marcou dois gols, jogou de forma parecida com a que atua no Corinthians e deixou o torneio como um dos jogadores-chave da equipe de Felipão. Havia muitas dúvidas se teria o estilo modificado por Felipão, mas apesar da maior preocupação em guardar posição, soube descer ao ataque na hora certa
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Bernard: Muito elogiado por Felipão nos treinos pela alegria nas pernas, entrou nos segundo tempo de duas partidas e, de surpresa na convocação, transformou-se em arma de Felipão. Tem boas chances de, além de continuar nas listas, ser testado pelo técnico
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Neymar (alta): Cobrado por uma boa atuação contra um grande do futebol, encerrou neste domingo uma Copa das Confederações em alto nível. Teve uma participação espetacular contra o México e jogou acima da média contra Japão e Itália. Na final, marcou um gol, causou a expulsão de Piqué e foi coroado pela quarta vez o melhor do jogo. Encerra a competição com quatro gols, título de melhor e menos pressão por futebol na Seleção
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Fred (alta): Ouve muitas críticas por participar pouco do jogo, mas deixa Felipão satisfeito por seu poder de decisão. Se passou os dois primeiros jogos em branco, marcou dois contra a Itália e, mesmo de canela, abriu o placar contra ao Uruguai. Na final, marcou dois, o primeiro deitado. Tem nove gols em nove 10 pela Seleção e continuará como camisa nove nos próximos amistosos
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Jô (alta): Convocado em cima da hora para o lugar de Leandro Damião, mostrou-se boa opção a Fred. Marcou gols nos finais das partidas contra México e Japão e deve continuar nas convocações de Felipão. Com maior mobilidade, chegou a ser cobrado por parte dos brasileiros no lugar de Fred, mas ainda é cedo para se credenciar para a titularidade
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Jefferson (à dir.) e Diego Cavalieri (à esq.) - Não jogaram e continuam como opções para a reserva de Júlio César
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Daniel Alves(na mesma) - Praticamente única opção da Seleção Brasileira para a lateral direita, manteve a média de atuações. Um dos líderes do grupo ao lado de Thiago Silva, Fred e Júlio César, tem presença garantida na Copa de 2014. Na Copa das Confederações, fez o que dele se espera: uma boa opção ao ataque como na assistência a Paulinho contra o Japão-, mas ainda com dificuldades na marcação da lateral.
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Jean (na mesma) - Não jogou, mas diante da escassez de opções na lateral direita pode continuar no grupo até 2014
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Thiago Silva (na mesma): Falhou contra o Uruguai no gol de Cavani, mas tem a confiança de Felipão. Assim como começou a Copa das Confederações, se despede com a certeza de que continuará até 2014. Além de ser considerado um dos melhores zagueiros do mundo, é exaltado pelo seu espírito de liderança. Não à toa é o capitão do grupo
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Dante (na mesma): Deu conta com recado quando entrou, com direito a um gol diante da Itália. Mas em outra bola falhou em lance que quase resultou em gol. É importante no planejamento de Felipão por ser um reserva de confiança e por dar a opção de mudança de esquema, com David Luiz avançado na cabeça-de-área. Joga no Bayern de Munique, atual campeão europeu, e seguirá entre os convocados.
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Réver (na mesma): Não saiu da reserva durante a Copa das Confederações e precisará seguir mostrando futebol no Atlético-MG para continuar como quarta opção da zaga
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Marcelo (na mesma): Favorecido pela falta de opções para a posição, Marcelo fez o que dele se esperava. Se continua irregular na marcação e oferecendo espaços para avanços em suas costas, no ataque mostrou uma boa dupla para Neymar nas investidas pela esquerda. Felipão chegou a testar Filipe Luiz no amistoso contra a Inglaterra, mas prevaleceu o lateral conhecido por sua técnica e temperamento forte
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Filipe Luís (na mesma): No começo da preparação, foi sombra para Marcelo, inclusive com a titularidade no amistoso contra a Inglaterra. Desde então, não saiu mais da reserva. Como não comprometeu no único jogo e que atuou, segue nos planos de Felipão desde que mantenha o alto nível de futebol apresentado pelo Atlético de Madrid na última temporada
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Hernanes (na mesma): Entrou em quase todos os jogos e foi titular contra a Itália, quando Paulinho se machucou. Muda o ritmo da Seleção com um controle maior da bola, inversões e lançamentos em profundidade. Mesmo sem ser brilhante em suas participações, teve atuações elogiados e segue nos planos de Felipão
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Hulk (na mesma): Ainda não caiu nas graças da torcida, mas é parte importante no esquema de Felipão. Tem bom posicionamento sem a bola na marcação e tem poder de luta muito apreciado pelo treinador. Sai em jejum, mas com a mesma confiança de Felipão, ainda mais depois de uma final em que foi o destaque
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Oscar (na mesma): Estava desgastado pela temporada europeia foi o jogador brasileiros que mais atuou no ano -, mas sua participação na Copa das Confederações esteve abaixo do esperado. Felipão protegeu o meia de críticas, ressaltou suas qualidades tática e subiu de produção na final. Tem crédito com Felipão, apesar de não ter sido o mesmo jogador de outras partidas
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Fernando (baixa): A expectativa antes da preparação era de que Fernando fosse utilizado por Felipão como primeiro volante. Porém, desde o início o treinador optou por Luiz Gustavo. Jogou pouco e a transferência para o Shakhtar Donetsk, do escondido futebol ucraniano, pode prejudicar sua luta por uma vaga na Copa do Mundo de 2014.
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Jadson (baixa): Jogou apenas os minutos finais da final. Discreto até nos treinos, terá de mostrar trabalho no São Paulo para continuar sendo chamado em uma posição com tantos concorrentes
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Lucas (baixa):De Queridinho da torcida a esquecido no banco, segue sem estourar na Seleção Brasileira. Pior que isso, perdeu espaço para Bernard como jogador para desequilibrar o adversário no segundo tempo. Continuará nas convocações, mas sem evoluir em sua permanente busca de espaço na Seleção