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Esportes Aquáticos

Após derrota "mecânica", brasileira promete troco no Mundial Paralímpico

13 ago 2013 - 08h01
(atualizado às 16h28)
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<p>Por 22 centésimos de segundo, Joana Neves não ficou com a prata dos 50 m borboleta S5 no Mundial Paralímpico de Natação em Montreal</p>
Por 22 centésimos de segundo, Joana Neves não ficou com a prata dos 50 m borboleta S5 no Mundial Paralímpico de Natação em Montreal
Foto: Washington Alves / Mpix / CPB / Divulgação

Por 22 centésimos de segundo, Joana Neves não ficou com a medalha de prata dos 50 m borboleta S5 no Mundial Paralímpico de Natação em Montreal, no Canadá. Uma questão mecânica explica a derrota de segunda-feira no embate particular com a bielorrussa Natalia Shavel, mas não conforma a brasileira, que usa a Paralimpíada de Londres 2012 para motivar a expectativa de revanche.

Joana terminou com o bronze porque teve acondroplastia, um nanismo desproporcial que a acometeu com 1 ano e meio, causado por mutações genéticas. Com 1,23 m de altura, precisa fazer a ondulação característica do nado borboleta antes de usar os braços. Já Natalia Shavel não mexe as pernas, então não consegue ondular e pode ser mais ágil na braçada dupla. A poucos metros da chegada, essa foi a diferença que determinou o segundo lugar no pódio.

"Ela (Natalia) não tem equilíbrio nas pernas, mas tem uma braçada rápida. Já eu tenho que ondular e usar os braços. Se no fim eu fosse dar outra braçada, com certeza bateria o rosto na chegada. Ela é bem mais rápida porque não tem o movimento das pernas, então usou os braços", explicou Joana, sem se conformar com a derrota por diferença quase mínima: 0s22. Há poucos meses, ela experimentou a sensação de sucesso por pouco.

Nos Jogos Paralímpicos de Londres, nos mesmos 50 m borboleta S5, Joana Neves deixou Natalia Shavel fora do pódio por apenas 0s02. "Fique em terceiro, que era o esperado, mas não gostei porque perdi para a pessoa de quem eu ganhei em Londres. Mas vai ter revanche", prometeu a brasileira, entre sorrisos. "Vamos ter outras competições, e eu vou ganhar dela", continuou.

Mesmo na bronca, Joana Neves se emocionou muito após a conquista do bronze, principalmente pela saudade da filha - antes de Montreal, ficou 20 dias no México, em San Luis Potosi, realizando treinamento em altitude elevada. "Quando eu nado, penso sempre nela", afirmou. "Na primeira prova eu nunca me sinto bem. Não nado bem no primeiro dia. Então, de cara ser medalhista foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido", apontou.

A junção desses dois aspectos - rivalidade e motivação familiar - vai impulsionar Joana Neves no restante do Mundial de Natação de Montreal, no qual ainda nada os 200 m livre, 200 m medley, 100 m livre e 50 m livre. "Isso vai me motivar ainda mais, vai fazer eu ter mais foco para poder pegar ela (Natalia Shovel)", complementou, de forma sorridente, a brasileira.

O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro

Fonte: Terra
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